19.3 C
São Paulo
quinta-feira, 24 de abril de 2025

Educação de jovens: como prepará-los para o mundo?

As mudanças tecnológicas, sociais e econômicas estão demandando cada vez mais um novo modelo educacional capaz de preparar os indivíduos para um mundo em constante transformação. Isso porque, competências digitais, pensamento crítico e adaptável, e visão empreendedora têm sido cada vez mais solicitados.

Diante desse cenário, a educação, dentro e fora de casa, deve ir além da simples transmissão de conhecimento, priorizando a formação integral e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a fim de preparar os jovens para os desafios futuros.

Competências indispensáveis aos jovens

A automação, a digitalização e a economia compartilhada transformaram o mercado de trabalho, exigindo profissionais flexíveis e aptos a lidar com novas tecnologias. De acordo com um estudo realizado pela Deloitte em 2024, oito em cada dez profissionais (83%) em início de carreira já chegam ao mercado familiarizados com as ferramentas de Inteligência Artificial. No entanto, apenas 68% dos trabalhadores efetivos sabem lidar com essas novidades.

Além disso, a globalização e as mudanças sociais tornam ainda mais essencial o desenvolvimento de habilidades interpessoais, como comunicação eficaz e trabalho em equipe. As competências essenciais para o futuro incluem ainda pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade, boa comunicação, colaboração, alfabetização digital e inteligência emocional.

Como preparar os estudantes para esse futuro?

Mais que compartilhar conhecimento teórico, faz-se necessária a adaptação dos jovens a essas novas realidades. Isso é possível, por meio de metodologias ativas de aprendizagem, eficazes no desenvolvimento dessas competências.

Entre elas, destacam-se a educação baseada em projetos, que estimula a resolução de problemas reais; aprendizagem personalizada, que permite que cada estudante avance no seu próprio ritmo, respeitando suas dificuldades e potencialidades; e o ensino híbrido, que combina ferramentas digitais com as aulas presenciais, oferecendo maior flexibilidade e interdisciplinaridade, conectando diferentes áreas do conhecimento e tornando a aprendizagem mais contextualizada e significativa.

Família e escola devem se unir para enfrentar os desafios

Obstáculos como a defasagem curricular, a resistência à inovação, a desigualdade de acesso à tecnologia e a necessidade de reformular o papel dos educadores no preparo dos estudantes para um mercado de trabalho incerto são reais e exigem uma abordagem educacional que valorize não apenas o conhecimento acadêmico, como também o desenvolvimento pessoal e emocional.

Nesse contexto, os pais desempenham um papel fundamental na educação dos filhos, ao fortalecer as abordagens vivenciadas por eles nas instituições de ensino. Para tanto, é possível incentivar o pensamento crítico e a leitura, promover a autonomia e estimular a aprendizagem fora do ambiente escolar em atividades extracurriculares, por exemplo.

Não menos importante, habilidades socioemocionais, como empatia, resiliência, colaboração e autogestão, são outros aspectos indissociáveis para o sucesso pessoal e profissional. Trabalhá-las dentro e fora de casa contribui para uma educação mais humanizada, auxiliando os jovens a lidarem melhor com desafios, tomarem decisões assertivas e construírem relações saudáveis.

Em suma, o verdadeiro compromisso das escolas com valores humanos essenciais, como generosidade, compaixão, cooperação e respeito ao próximo, é o que está por trás da formação sólida de jovens críticos, criativos e preparados para um mundo em constante mudança.

Autora:

Viviane Grano Sulatto é Orientadora Educacional da Rede de Colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional sociointeracionista e alinhada às principais tendências do mercado de educação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio