Arquiteta Mari Milani detalha e exemplifica jeitos criativos de inserir o material que agrega beleza, naturalidade e aconchego aos ambientes
![]() |
A palhinha indiana, elemento clássico dentro da arquitetura de interiores, firmou-se como um material atemporal, sendo responsável por deixar os espaços mais acolhedores. A arquiteta Mari Milani também destaca sua assimilação em diversos estilos de décor, bem como a presença em todos os ambientes residenciais. Nas imagens, ela promoveu a aplicação no dormitório, sala de jantar e banheiro | Projetos: Mari Milani Arquitetura | FOTOS: Julia Herman |
Na arquitetura de interiores, certos materiais se tornaram grandes patrimônios e presença imortal passada entre gerações. Esse é o caso da palhinha indiana, também chamada de rattan, que com sua polivalência ganhou destaque na decoração dos lares brasileiros, principalmente a partir dos anos 1950.
Com a estética que se conecta com a memória afetiva de muitos, ela também conta com uma elevada posição de estima na visão dos profissionais de arquitetura que adoram trabalhar com seu viés natural. A arquiteta Mari Milani endossa o coro e considera a palhinha uma aliada quando o intuito é acrescentar um toque convidativo, sensorial e natural aos projetos.
“Sua tonalidade, que nos remete a um amarelo dourado, e a textura de suas fibras ajudam a contar uma história e a transformar os lares de inúmeras maneiras“, afirma a profissional que adora explorá-la em diferentes situações e ambientes. Pensando exatamente em destacar as boas ideias, separamos exemplos práticos de inserção da palhinha realizadas por ela em seus projetos. Confira!
1 – Estilização de móveis
O material, que possui uma cor e uma trama características, apresenta um acabamento ímpar quando inserido no próprio mobiliário. “É possível, inclusive, inserir em móveis sob medida e desenhados sempre conforme a personalidade dos moradores e as dimensões indicadas para o projeto”, explica Mari.
![]() |
Para esse rack sob medida que une a sala de estar e a varanda deste apartamento, a arquiteta Mari Milani elegeu a palhinha para resguardar as portas. A paginação, além de expressar a leveza pretendida para o projeto, é eficiente por permitir a circulação de ar necessária para os equipamentos eletrônicos ocultados no interior do móvel | FOTO: Julia Herman |
2 – Cadeiras, bancos e poltronas
Entre as utilizações mais canônicas da palhinha está o revestimento de encostos e assentos de cadeiras – emprego que se perpetua até hoje em designers que combinam o moderno com o tradicional e que deixam o item como protagonista das peças. A arquiteta revela que esse visual é perfeito para salas de jantar, estar e áreas de convívio. “O único cuidado por aqui é garantir que haja harmonia com o todo planejado para o ambiente”, orienta a arquiteta.
![]() Com a madeira da mesa e cadeiras, a palhinha somou-se à essência natural proposta pela arquiteta Mari Milani. Essa referência foi acompanhada pela parede de tijolinhos presente na área social integrada | FOTO: Julia Herman |
![]() Com armários em tom mint e puxadores vintage, a palhinha das cadeiras de madeira clara selecionadas pela arquiteta Mari Milani acrescentou um toque clássico e ares comfy para a cozinha com referência provençal | FOTO: Julia Herman |
3 – Peças decorativas
A palhinha é polivalente por assumir diversas formas e essa versatilidade a faz preciosa quando o assunto é produzir objetos decorativos que podem transitar desde porta-retratos até vasos e esculturas.
![]() |
Para adornar o nicho desse home office incorporado na marcenaria do dormitório, a arquiteta Mari Milani selecionou dois porta-retratos com palhinha | FOTO: Julia Herman |
4 – Cabeceiras e dormitórios
As palhinhas também vão super bem com o décor dos dormitórios, afinal elas são responsáveis por transmitir acolhimento.
![]() |
Presente na mesa lateral e na cabeceira, a arquiteta Mari Milani investiu na palhinha para conquistar a atmosfera romântica do dormitório do casal | | FOTO: Julia Herman |
5 – Gavetões respiráveis
Resultado do trancamento da fibra, o espaço vazado entre as tramas se torna uma abertura para a entrada e saída de ar. Essa potência torna a palhinha em um excelente material para revestir gavetas e gavetões, principalmente em espaços que precisam de uma temperatura ambiente e ventilação, como é o caso de fruteiras e compartimentos para roupas sujas.
![]() |
Nos armários do banheiro, a arquiteta Mari Milani desenhou gavetões para roupas sujas na parte inferior e escolheu a palhinha para assegurar a circulação de ar e evitar o odor característico quando as peças estão guardadas em um local fechado | FOTO: Julia Herman |
Sobre a arquiteta Mari Milani
Formada em arquitetura e urbanismo em 2009, pós-graduada em master arquitetura em 2012, com mais de 300 projetos realizados em lares e negócios, Mari Milani está sempre presente nas maiores feiras e eventos de design do mundo acompanhando e trazendo as últimas tendências de mercado para seus clientes.
Para ela, a construção de um ambiente transformador vai além de erguer paredes e distribuir cômodos; é a habilidade de criar um espaço que reflita a personalidade e os sonhos de cada cliente, pensando sempre no conforto e segurança. Cada projeto é uma oportunidade de criar sensações diferentes e únicas, seja por meio da iluminação, do formato ou da decoração.
@marimilani_arquiteta
R. Marina Jacomini, Nº 57 – Santa Paula, São Caetano do Sul – SP
Autor:
Lucas Janini