Cervejas Abrem Bares Com Marcas Próprias e Oferecem Mais do Que Uma Boa Bebida
Após o boom das cervejas artesanais, que invadiram os bares e restaurantes, aumentando a variedade de marcas e tipos, cervejarias tradicionais no mercado começaram a abrir estabelecimentos com marcas próprias. As casas são comandadas por grifes conhecidas e renomadas que não têm medo de vender apenas a própria a cerveja.
Elas vão além e oferecem um combo de experiências, como fabricação das bebidas no local, degustações especiais, criações de cervejas sazonais e festas personalizadas. Ocupando um casarão de dois andares e 450 m² no Largo da Batata, em São Paulo, a Ambev inaugurou no ano passado a Goose Island Brewhouse.
A casa é uma mistura de bar e fábrica da cultuada marca Goose Island, de Chicago, adquirida em 2011 pela AB InBev, que controla a Ambev. Com capacidade para 140 pessoas, o pub só vende chopes feitos ali, em uma área envidraçada repleta de tanques e tinas de aço inoxidável, de onde saem até 15 mil litros de cerveja por mês; e 30 torneiras em formato de ganso, marca registrada da Goose.
A cervejaria escocesa BrewDog abriu em 2017, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, seu primeiro bar fora da Europa. Com conceito punk e questionando os rótulos industriais, a casa não tem garçons nem cozinheiros.
O serviço é feito pelos “beer geeks”, jovens amantes da boa cerveja, que trazem um atendimento informal e especializado. O bar manteve preservada a estrutura do edifício em que está instalado, uma antiga oficina mecânica, e, durante o dia, um container instalado ao lado do imóvel é aberto para a venda dos rótulos.
Todo início de ano, a Heineken abre seu misto de bar e balada temporário no topo de um prédio histórico da cidade de São Paulo. Já esteve, por exemplo, no Edifício Martinelli, no Mirante do Vale e no Museu de Arte Contemporânea da USP.
Em sua última edição, o Heineken Up on the Roof contou com a mostra “The Art of Heineken”, com curiosidades e propagandas antigas da cervejaria, e com holandeses ensinando os visitantes a tirar corretamente o chop da marca.
O lounge destinado às noitadas animadas por shows e discotecagens contou com gramado sintético verde, sofás e mesas com bancos altos. O espaço mais cobiçado é o parapeito, onde os baladeiros, de estilos bem-variados, amontoam-se para tirar fotos com o pôr do sol ao fundo.
Em Ipanema (RJ) a Delirium Café (da belga Delirium Tremens) é o primeiro da marca na América Latina. O “pub” segue um estilo aconchegante, com paredes tomadas por rótulos de cerveja. No 2º andar há um pequeno espaço no qual são ministrados cursos e workshops sobre cervejas. E, nos fins de semanas, o espaço é aberto para que o público possa se acomodar.