O ritmo desenfreado do trabalho moderno está levando muitos à beira do colapso. As longas jornadas estão causando um impacto negativo alarmante. Segundo dados referente a 2021 a Organização Mundial da Saúde e a Organização Internacional do Trabalho apontam que 750 mil pessoas morrem anualmente de doenças cardíacas isquêmicas e derrames devido ao excesso de trabalho.
Trabalhar até tarde da noite não é apenas cansativo; é um risco para a vida. A pandemia de COVID-19 piorou essa situação. Muitos que adotaram o home office e se acostumaram trabalhar até tarde ou por necessidade, ou não tinham outra coisa para fazer, mesmo após a pandemia, continuaram trabalhando excessivamente já que grande parte das empresas não repuseram seus quadros de funcionários ao nível que tinham antes da pandemia. Um ritmo frenético de trabalho compromete a saúde, especialmente do coração.
O excesso de trabalho é o maior fator de risco para doenças ocupacionais e doenças coronárias são responsáveis por um terço dessas enfermidades. Além disso, trabalhar demais promove mudanças de comportamento, como má alimentação, cujas consequências surgem principalmente na meia-idade.
Para enfrentar esta crise de saúde pública, são necessárias ações concretas de empregadores e funcionários. Instituir limites claros sobre o número máximo de horas de trabalho é essencial. Adotar jornadas flexíveis, dividir o trabalho de maneira equilibrada e implementar serviços de saúde ocupacional são passos necessários.
As leis trabalhistas, como a diretiva europeia sobre o direito de se desconectar, precisam ser rigorosamente monitoradas e aplicadas. Em países com redes de proteção social fracas, medidas de combate à pobreza e programas de bem-estar social são vitais para reduzir a necessidade de trabalhar até a exaustão.
A crise do excesso de trabalho é uma bomba-relógio que precisa ser desativada. A responsabilidade é compartilhada entre empregadores e trabalhadores. Devemos criar um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável. A cultura do trabalho deve valorizar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Um trabalhador saudável é mais produtivo e feliz. Resistir ao impulso de permanecer conectado até tarde é crucial. Proteger a saúde dos trabalhadores é uma questão de bem-estar e de eficiência econômica a longo prazo.
É hora de repensar como trabalhamos e priorizar a saúde sobre a produtividade excessiva. O verdadeiro sucesso de uma empresa está em seus trabalhadores saudáveis e motivados.
Vamos refletir e sucesso!