Pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com frequência se deparam com uma incompreensão profunda por parte de seus pares. O estigma associado a esses transtornos colabora para o surgimento de atitudes hostis, intensificando o isolamento social e minando a autoconfiança.
O bullying surge como uma sombra persistente que deixa cicatrizes profundas no psicológico daqueles que são alvo. Esta prática de desrespeito não se limita às paredes das escolas; ela transpassa a diversas áreas da vida do indivíduo, deixando um rastro de danos emocionais que podem perdurar por toda uma vida.
Em suas variadas formas, o bullying como o verbal, o social e o físico, não apenas afeta o bem-estar físico, mas também deixa marcas na saúde mental. Vítimas frequentemente experimentam uma gama de emoções intensas, desde : ansiedade , depressão, isolamento afetando a confiança e a sua autoestima.A constante exposição a ataques cruéis pode criar um ambiente hostil que corrói a estabilidade emocional, transformando a vida cotidiana extremamente desafiadora.
O bullying nesse contexto com pessoas com atraso do neurodenevolvimento, vai além das palavras cruéis e etc; ele se manifesta na forma de exclusão social, discriminação e zombarias que tornam a jornada dessas pessoas ainda mais árdua. A necessidade de conscientização e empatia se torna urgente, a fim de construir pontes que conectam aqueles que possuem transtornos do neurodesenvolvimento com uma comunidade mais compreensiva e solidária.
Ao abordar o bullying em pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, estamos não apenas defendendo os direitos individuais, mas buscando a construção para uma sociedade que abraça a diversidade em todas as suas formas. Somente através da conscientização, educação e empatia podemos criar um ambiente onde as diferenças sejam não apenas toleradas, mas respeitadas e valorizadas.
Além disso, é crucial destacar a necessidade urgente de uma abordagem holística e humanizada para combater o bullying. Educadores, pais e a sociedade em geral desempenham papéis cruciais na criação de um ambiente seguro e acolhedor. Para melhor precisamos de iniciativas de conscientização, programas educacionais, palestra em escolas universitárias, qualificar os profissionais que lidam com isso diariamente e a promoção da empatia são ferramentas essenciais para desmantelar a cultura do bullying.
Autora:
Helen Kezia Fingoli Machado – Especialista em Autismo, Deficiência Intelectual e Psicologia Clínica – @psicologahelenkeza
Ótimo artigo Helen… de fato o bullying já é complicado, e com pessoas com transtornos pode ser ainda pior.