Uns gostam do feriado, outros dos empregos temporários e a maioria da festa. Enfim, o Carnaval é uma unanimidade capaz de tirar muitos do desemprego, o que inclui muito gordinho que fez bico de Papai Noel em dezembro e Rei Momo em fevereiro.
Para os bem-humorados, o que seria da festança sem o duplo sentido? Então, dá-lhe nomes como o carioca “É Mole, mas Estica”, o paulista “Arrianu Suassunga”, o gaúcho “Ai Que Saudade do Meu Ex” e o cearense “Sou Brega Mais Quem Não É?”, apenas para citar alguns exemplos. Este ano houve até uma contribuição involuntária do pessoal da Bandnews FM. Ao vivo, citaram um bloco chamado “Me Lembra que Eu Vou”, o repórter leu “Me Lambe que Eu Vou” e por aí a coisa foi. Provavelmente riram do engano em algum dos tradicionais blocos de jornalistas, quase sempre denominados “Filhos da Pauta”.
E provando que a festa é democrática, mesmo para os que não são do samba, no Rio de Janeiro teve o tradicional “Sargento Pimenta”, que só toca Beatles, e São Paulo contou com o “Ritaleena”, para aqueles que tomam Ritalina e curtem Rita Lee. Em Brasília, de onde saíram bandas como Legião Urbana e Capital Inicial, os foliões curtiram o bloco “Eduardo e Mônica”.
Falando no Distrito Federal, desde que Lula disse que “Um homem sem amor não é nada, no meu governo todo mundo vai namorar”, o petista é cobrado pela criação do “Ministério do Namoro”. Em 2023 houve um bloco com esse nome, em Brasília, mas agora a coisa se espalhou pelo Brasil a ponto de o atual presidente responder à brincadeira no X, antigo Twitter: “Esse programa só depois do carnaval”.
Se fosse realidade, certamente a chefe perfeita para a pasta/bloco seria a cantora Margareth Menezes, atual ministra da Cultura. Aquela que canta “Ê, faraó”!
“Essa é a mistura do Brasil com o Egito”
Não é a música do É o Tchan, aquele grupo de axé, mas nessa época do ano faz sentido. Como o Carnaval é só no Brasil, Lula embarcou para o país de Cleópatra e das pirâmides. Depois, segue para a Etiópia (18), que sedia o encontro das 55 nações da União Africana. Por enquanto, a ideia é estabelecer relações, mas o que isso pode trazer de benefício ao Brasil? Tudo o que se sabe é que a miséria por lá não é mais a regra e muito país rico tem estabelecido parcerias por aqueles lados. É tanto que, por exemplo, andam chamando o continente de “ChinÁfrica”.
Porém, isso é lá, que não tem Carnaval. Por aqui, os nossos nobres deputados e senadores também festaram, mas apesar de a Quarta-Feira de Cinzas ter caído no dia 14, eles só voltam ao trabalho na próxima segunda-feira (19).
No mais, Jair Bolsonaro convocou uma manifestação para o dia 25, em São Paulo, pedindo que seus apoiadores compareçam vestidos de verde e amarelo, o que significa também, a camisa da seleção brasileira. O anúncio foi seguido pelo boato de que torcidas organizadas de futebol fariam um ato no mesmo dia e local, contra Bolsonaro. Enfim, alguém ainda duvida que o ano no Brasil só começa depois do Carnaval?