E de repente…
De repente tudo mudou ao seu redor
E as estrelas bateram em retirada
A lua saiu de cena envergonhada
E surgiram as nuvens densas
E, mais uma vez, ele olhou para o horizonte
E ficou com pena de si mesmo
Seu mundo limitado às vontades do outro
De repente, ficou sem sentido
Não haviam motivos para apenas ele ceder
O que antes não passava pela sua cabeça
Começou a latejar
Tic, Tac, Tic, Tac
A bomba relógio explodiu
Com perguntas sem respostas, ele implodiu
O vazio tomou conta de seu ser novamente
E, mais uma vez, ele viu que ficar silente
Naquele relacionamento de mão única
Fazia com que se sentisse refém o tempo inteiro
E ele não queria mais viver aquele pesadelo
O cansaço tomou de conta de seu ser
E ele nao queria mais ser uma fonte de prazer
Não queria mais fazer parte daquele mundo
Em que apenas um se beneficiava
Ele pensou além
E, além, foram seus pensamentos
E, olhando para o horizonte,
Desejou não olhar mais para trás
E olhando ternamente para si
Se deu o direito de seguir em frente sozinho
Sem duvidar que poderia ser feliz novamente
E se dar a oportunidade de viver uma vida
Sem ser condescendente.
Autora:
Patricia Lopes dos Santos