Sua presença vai muito bem em diversos ambientes e é sinônimo de bem-estar
De origem milenar, o futon carrega uma tradição histórica que cruzou os séculos, posicionando-se como essencial para ambientes com a proposta de descanso. Muitos historiadores traçam a origem da peça na Ásia antiga e datam sua expansão como parte do comércio entre as civilizações antigas, assim como sua chegada na Europa. Atualmente, segue considerado como uma peça ímpar e ganhou diversas releituras e adaptações para se adequar aos diferentes cômodos de um projeto e as necessidades do cotidiano, porém sem deixar de lado sua característica clássica: praticidade e conforto!
Claudia Yamada e Monike Lafuente, arquitetas responsáveis pelo Studio Tan-gram, adoram trabalhar com a peça, principalmente pela versatilidade de criar recantos nos projetos. Confira sugestões de espaços onde o futon vai bem, dicas das profissionais e sugestões de décor realizados por elas. Inspire-se:
Aconchego para as áreas sociais
Os espaços sociais de um imóvel são ideais para socializar e se divertir, assim como receber convidados especiais. Por isso, o futon é uma peça coringa que combina com livings, sala de estar, varandas, áreas gourmet e muito mais!
Neste projeto sensorial realizado pelas arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada, do Studio Tan-gram, para deixar o espaço designado para o futon ainda mais convidativo, um jardim vertical foi instalado em uma parede de tijolos sobrepostos. A composição é favorecida pela luz natural que banha essa varanda integrada graças às amplas janelas. | Projeto: | FOTO: Estúdio São Paulo |
Nessa área social integrada projetada pelas arquitetas do Studio Tan-gram, a varanda ganhou uma sala de estar. E enfatizando a essência do local, ao fundo, uma parede verde é acompanhada por um sofá com estrutura de marcenaria e futon. Uma ode ao relax! | FOTO: Estúdio São Paulo |
Nos ambientes de convívio, descontração e que precisam acomodar mais pessoas, optar por um futon otimiza o espaço, podendo se adequar em dimensões que não comportam sofás, já que estes, normalmente, possuem uma estrutura de maior densidade e menos flexível. “Os futons apresentam uma profundidade menor e estruturas mais enxutas“, enfatiza Monike.
Para o sofá desse canto alemão, as arquitetas utilizaram o futon para garantir o conforto ao móvel e também aconchego ao ambiente, convidando ao descanso e ao relaxamento. | Projeto: Studio Tan-gram | FOTO: Estúdio São Paulo |
Futons em quartos multiuso
É muito comum e salutar possuir algum quarto multiuso em casa, seja para instalar uma brinquedoteca ou quartinho de brincadeira para os pequenos, um cantinho gamer, uma minibiblioteca, um ateliê caseiro ou mesmo um espaço reservado para estudos ou execução de algum hobby. Nessas ocasiões, os futons caem como uma luva, deixando o projeto mais divertido, lúdico e funcional, afinal a peça pode funcionar como um sofá ou cama, auxiliando inclusive, em um quarto de hóspedes improvisado.
Para as profissionais do Studio Tan-gram, o uso do futon sobre a marcenaria cria um longo banco, trazendo uma possibilidade de assento para o cômodo. | FOTO: Nathalie Artaxo |
Ademais, combinar o futon com nichos e estantes concede um cenário ideal para expor colecionáveis e itens de valor sentimental para os moradores. | Projeto: Studio Tan-gram | FOTO: Nathalie Artaxo |
Home office confortável
As jornadas de trabalho precisam ser balanceadas com momentos de relaxamento e descompressão, para isso, incluir um local de descanso no home office auxilia, inclusive, na produtividade. Além disso, em caso de escritórios e espaços comerciais, o futon pode ser uma ótima escolha para o repouso nos horários de intervalo e socialização.
Para turbinar esse projeto de home office, as arquitetas do Studio Tan-gram instalaram uma estrutura de marcenaria próximo à janela, deixando o futon fazer as vezes de sofá. | FOTO: Estúdio São Paulo |
O futon também ajuda a quebrar a austeridade dos ambientes, deixando o espaço mais convidativo e acolhedor. As almofadas também possuem uma grande importância nesse contexto, criando um recanto de aconchego e infinitas possibilidades de harmonização entre a paleta de cores. Para esses arranjos, as arquitetas dão uma dica valiosa sobre as combinações entre a peça e as almofadas. “É interessante deixar o futon em um tom mais neutro e as almofadas em cores mais chamativas, porém o contrário também pode ser feito, deixando o tecido do futon mais vivo e as almofadas em uma paleta neutra“, orienta Claudia.
A marcenaria, além de englobar a estrutura que sustenta o futon, também foi trabalhada para a bancada de trabalho e os armários (tanto laterais, como superiores). | Projeto: Studio Tan-gram | FOTO: Estúdio São Paulo |
Aproveitando cada espaço
Outro trunfo criativo é que as estruturas a qual os futons são associados (normalmente de marcenaria ou MDF), possuem uma composição vazada e, exatamente por isso, concebem mais espaços para armazenamento. Além disso, a estrutura leve deixa a peça mais fácil de ser removida para a limpeza e higienização do local.
Algumas estruturas possuem espaços tão amplos que é possível guardar outros futons, caso sejam feitos com mais de uma almofada e espuma compacta, como os dobrados no projeto do home office. | Projeto: Studio Tan-gram | FOTO: Estúdio São Paulo |
Nesse projeto, a parte inferior da marcenaria possibilitou a disposição de objetos decorativos. As possibilidades são inúmeras e podem incluir itens práticos também, como caixas para armazenar mantas e almofadas. | Projeto: Studio Tan-gram | FOTO: Estúdio São Paulo |
Gavetas também são uma ótima opção para se escolher quando for adquirir a base do futon. Afinal, através da compartimentação das gavetas é possível armazenar, de maneira organizada, diversos itens como brinquedos, roupa de cama e vários outros itens pessoais e até da casa. Projeto: Studio Tan-gram | FOTO: Nathalie Artaxo |
Sobre Studio Tan-Gram
Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças geométricas capazes de formar até 5 mil formas diferentes. Inspirado nesta pluralidade, versatilidade e criatividade surgiu o nome do escritório, liderado pelas arquitetas Monike Lafuente e Claudia Yamada. A arquitetura que concebem e acreditam se estrutura na multiplicidade de soluções, adaptabilidade ao usuário-espaço e renovação de conhecimento contínua. São espaços desenvolvidos para o ser humano e, portanto, cada desafio traz uma solução individual.
Autor:
Lucas Janini