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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A quem a paralisação do Detran-SP interessa?

Prestes a completar um ano de suspensão, os leilões do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo parecem não ter uma solução imediata para voltar a acontecer. Inúmeras tentativas de contato com o Detran/SP foram em vão. Não fui recebido, nem como leiloeiro, nem como presidente de duas instituições ligadas à leiloaria.

Outros setores da economia, além dos leiloeiros públicos oficiais, têm sido afetados por conta dessa suspensão, como é o caso dos guincheiros e caminhoneiros que transportam veículos. O setor de venda de peças usadas. Os pátios que já enfrentam superlotação e aumento dos custos de manutenção. Vale lembrar aqui que as vendas de inservíveis para o mercado internacional também tem sofrido com a falta dos leilões. 

Toda essa situação leva a um prejuízo muito grande, tanto ao setor de negócios, quanto aos cofres públicos, que deixam de arrecadar um valor considerável de impostos e taxas.

Outra área que tem demandado um sinal de alerta, por conta dessa suspensão, é a da saúde pública. Os pátios vem se tornando um potencial criadouro de mosquitos Aedes aegypti, por exemplo. Muito em função do acúmulo exacerbado de veículos e as chuvas de verão, que tem acontecido em um volume além do comum para essa época do ano.

Não é possível que os órgãos competentes não estejam cientes desses fatos? Assim também, não é possível que o Detran/SP se negue a receber instituições e sindicatos das classes afetadas para o diálogo? Não é possível que o maior órgão de trânsito do país não dê celeridade ao processo da volta dos leilões. Não é possível deixar centenas de trabalhadores desassistidos. Não é possível também que o governador de São Paulo não cobre soluções rápidas e eficientes do Detran/SP.

Todas essas situações têm suscitado uma pergunta incômoda, mas que precisa ser feita: a quem a paralisação dos leilões do Detran-SP pode interessar?

Autor:

 Gustavo Reis – Presidente do Sindicato dos Leiloeiros do Estado de São Paulo (SINDLEI) e presidente da Associação Nacional dos Leiloeiros Judiciais (ANLJ)

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