A disciplina de Língua Portuguesa tem sido considerada como uma importante ferramenta no desenvolvimento do indivíduo em sociedade. Ela é fundamental na interação comunicativa entre o ser humano e seu meio social; desenvolver habilidades que o ensino desta disciplina em todo o ambiente escolar é fornecido aos indivíduos para a formação do sujeito cívico. Tornar pessoas ativas no meio em que vivem é um dos objetivos do ensino da língua materna através dos textos, diferentemente de ser apenas receptores do que lhes é imposto.
A língua materna, também conhecida como língua nativa, pode ser definida como a primeira língua de um indivíduo, ou seja, é relativa aos nativos de seu povo. É uma língua que é adquirida de maneira oriunda, por meio da interação de um indivíduo com o seu meio. É precípuo que o indivíduo desenvolva sua competência comunicativa na língua materna, para que assim possa ter acesso aos demais conhecimentos. Travaglia (1997) traz a concepção de que o ensino da língua materna consiste principalmente em desenvolver no educando a competência comunicativa.
A leitura e produção de textos em língua materna é um momento significativo na construção de saberes dos estudantes, é a partir destas atividades que o educando tem a possibilidade de aperfeiçoar sua comunicabilidade e expressar suas ideias, sentimentos, pensamentos e expandir a sua criatividade por intermédio de sua língua natural. Ademais, o desenvolvimento do conhecimento linguístico implica na leitura compreensiva e crítica de diferentes textos: expressões escritas em língua culta, língua literária, análise e manipulação da organização estrutural da linguagem e a percepção de diferentes variações.
Portanto, conclui-se que aplicar atividades textuais em língua materna é elementar no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa. Afinal, é através dela que os indivíduos comunicam-se e expressam seus sentimentos,
sendo que ela é a identidade cultural de um povo ou nação. Pode-se afirmar que a linguística aplicada ao ensino da língua portuguesa trouxe importantes contribuições nos campos pedagógicos, linguísticos e sociolinguísticos; nos proporcionou um conhecimento estruturado e científico sobre o funcionamento da língua em seus diversos contextos, além de suas dimensões históricas e sociais.
BIBLIOGRAFIA
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Materna: uma entrevista com Luiz Carlos Travaglia. ReVEL. Vol. 2, n. 2, 2004.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. 2003. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola.
Equipe editorial de Conceito.de. (8 de Maio de 2012). Atualizado em 7 de Novembro de 2019. Língua materna – O que é, conceito e definição. Conceito.de. Disponível em: https://conceito.de/lingua-materna. Acesso em: 05 de jun. de 2023.
SOUSA, Luciano Dias de; VIEIRA, Abel Gomes. Ensino de Língua Materna: uma reflexão metalinguística. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, v. 22, nº 12,5 de abril de 2022.Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/12/ensino-de-lingua-materna- uma-reflexao-metalinguistica. Acesso em: 05 de jun. de 2023.
JORGENS, Denise. Novas Possibilidades para o Ensino da Língua Materna. Santa Maria: UFSM, 2020.
Autor:
Rodrigo Barbosa de Souza