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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Navegando o silêncio

Minha voz é como as asas dos pássaros
Que não tem medo de voar,
Se voo alto ou voo baixo não importa,
Para onde vou não há chegar.

A correnteza gelada faz a rosa desabrochar,
Uma rosa perfumada pela seiva do coração.
Minhas preces hão de um dia retornar
Como um buque estrelado de pétalas de faisão.

O silêncio não quer ser degolado ao explodir da terra,
A quietude é o leme e a vela.
Construi meu rio em gotas de orvalho,
Onde as carpas relampejam e eu toco o meu barco.

Autor:

Márcio Lobo

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