Aconteceu em Brasília a 7ª edição da Expojud, com o tema “Acelerando a transformação da Justiça”, o evento contou com diversas palestras, painéis, oficinas e exposições.
Com o foco no desenvolvimento tecnológico e uso das ferramentas digitais na evolução do trabalho na área judiciária, o evento contou com um painel formado apenas com palestrantes mulheres debatendo “A importância do uso de dados na Justiça”.
A Diretora de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, Fernanda Montenegro, sinalizou o quanto estava feliz e honrada em participar de um painel feminino, com grandes profissionais da área. Ela apontou a importância dos dados para a tomada das decisões e o empenho dos órgãos públicos em manter estes dados protegidos. “Precisamos entender que a guarda dos dados é da TI, mas a sua validação é de responsabilidade de cada setor. Nosso maior desafio é democratizar o acesso aos dados mantendo a segurança das informações”, pontua Fernanda.
Já a Diretora de Tecnologia da Informação do TRF da 2ª Região, Ana Luisa Carneiro, afirmou estar feliz em compor o painel e apontou como o cenário atual é complexo. “No momento temos um grande número de tecnologias e informações espalhadas no sistema, e muitas vezes não temos mãos suficientes para digitalizar todos os dados. Também não podemos deixar de lado a questão da segurança da informação. Muitos tribunais ainda não conseguiram atualizar a tecnologia existente nos seus sistemas, e quanto mais antiga a tecnológicos, mais vulnerável ela se torna,” destaca Carneiro.
Ana Luisa também ressaltou ações realizadas pelo TRF2 quanto a análise de dados: “criamos um portal de dados unificado onde o usuário tem acesso a todas as informações das quais ele necessita, desencadeando a agilidade de todo um processo de trabalho do tribunal. Além disso, tentamos unificar os sistemas de dados, os digitalizando para que todos os sistemas estejam em um lugar só. Com isso, criamos um grupo multidisciplinar para cuidar só dessa parte, e em outubro deste ano migramos todos os processos em um só sistema. Hoje temos um sistema processual único”.
Reiterando a satisfação em participar do evento em painel composto apenas por mulheres, a Juíza Auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), Marcela Maria Pereira Amaral Novais, mostrou como hoje as instituições estão mais preocupadas em como a sociedade vê os órgãos públicos. “Ao longo dos anos percebemos a importância da produção e análise adequado dos dados, principalmente no momento passá-los para o digital. Centralizamos a gestão qualitativa e trabalhamos na higienização dos dados, processos que vai nos ajudar na tomada de decisão importantes,” pontuou Marcela.
As palestrantes mostraram como todo o processo de análise, digitalização e segurança da informação são importantes não só para as empresas privadas, mas para as públicas. Também salientaram ser necessário pensar na segurança de dados, mas com foco em tornar todo o sistema judiciário mais célere para o cidadão.
Autora:
Simone Oliveira