Empresário e ex-jogador, Gabriel Mancine dá dicas para atletas que buscam começar no mundo empresarial
Independente do sucesso esportivo, muitos atletas encontram dificuldades depois de se aposentar. Depois de anos de dedicação ao esporte, começar um novo ciclo pode ser complicado e desgastante. Muitas vezes o mais difícil é dar o primeiro passo e definir o tipo de empreendimento, além de aprender e desenvolver seu conhecimento dentro do mundo empresarial. Mas afinal, por onde começar?
Existem diversos exemplos de atletas que encontraram sucesso no mundo empresarial. Ronaldo Fenômeno encontrou sucesso em empreendimentos variados, e atualmente é um dos donos do Cruzeiro e do Real Valladolid. Gustavo Kuerten, o Guga, é outro atleta que soube empreender depois da aposentadoria. O ex-jogador de tênis criou uma holding e reúne uma série de negócios, desde uma franquia de escolas de tênis até negócios imobiliários.
Gabriel Mancine também teve sucesso depois que se aposentou dos gramados, e tem propriedade para falar do assunto. “Para começar, o atleta deve buscar clareza nos comportamentos e detectar suas habilidades para ensinar os outros a se desenvolverem”, orienta o empresário. “Comece sempre pelo por que, a razão do que você faz é sempre o mais importante.Tenha clareza do propósito.”, completa
Claro que uma ideia não vai para frente sem o conhecimento técnico para concretizá-la. “Um dos erros mais comuns dos ex-atletas está relacionado à falta capacidade técnica para materializar um possível negócio. Isso traz insegurança, dúvidas e incerteza, o que afeta na eficiência da tomada de decisão”.
Empreendimentos que envolvem esportes podem ser mais familiares aos atletas, mas Gabriel crava: o importante é buscar um negócio sólido. “Existem várias possibilidades. Acredito que todo atleta em transição deve pensar em negócios mais sólidos, que não dependem somente dele para operar. O que vai determinar é a capacitação, o tempo e os demais recursos que o atleta quer investir para construir uma nova carreira”.
Se o atleta se sentir mais confortável dentro de empreendimentos esportivos, as opções também são vastas. “Escolinhas, centros de treinamento, mentorias para atletas, áreas de suporte ao jornalismo e projetos esportivos para outros países são alguns empreendimentos que podem dar bons retornos aos atletas”, conclui Gabriel.
Autor:
Gabriel Assumpção