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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A beleza do mar…

Sempre domino o medo.

Jamais neguei sua existência.

Mas quando chego à beira do mar.

Preciso de um esforço maior para dominá-lo…

Vou chegando de mansinho.

Primeiro ponho os pés ou as mãos naquela água geladinha.

Mergulho sentido o medo aprisionado nos pulmões.

Suas ondas cheias de espuma branca acordam meu núcleo.

Meio embriagado por tanta beleza quero nadar para águas fundas.

Algumas braçadas me levam ao extremo do medo.

Viro a direção do nado, e aí, nadando paralelo à praia, o medo se vai…

Relaxo e aproveito o mar de energia que lava minha alma.

Retrocedo até onde dá pé. Sinto-me seguro. Uma criança feliz.

Cambalhotas e mergulho acrobáticos libertam meu ser asfixiado.

Por instantes sou água, sou mar. Pura energia…

Nem mais existo. Perco a identidade.

Um sinal invisível pede que eu me retire.

Será o rei ou rainha dos mares?

Obedeço em câmera lenta.

Lindas mulheres chamam-me a atenção.

Devagarzinho retomo a identidade.

Vou ao quiosque e peço uma bebida.

Uma poção de peixe para sem pressa…

Ficar olhando e admirando sua majestade o mar.

Misteriosamente cheio de vida e de mortes…

Autor:

Jaeder Wiler

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