De cada lado do Muro sangue de inocentes é derramado.
A língua putrefata da Morte quer o Destino ceifar a vida.
A barbárie foi instalada:
Homens camuflados e mascarados vão em busca de suas vítimas. Crianças e idosos são covardemente abatidos A degola é geral.
Impiedosos, os espectros tropeçam em corpos carbonizados. Provocar a dor moral e física ao inimigo é a senha para o ato infame.
As vítimas não tiveram como se defenderem, eram, em sua grande maioria, crianças, idosos e mulheres, algumas grávidas. O ódio não dá lugar às boas maneiras. A civilidade escorre, como gosmas sangrentas, para o ralo.
O véu opaco do fanatismo cobre a vergonha praticada.
A isso chamamos TERRORISMO.
Jatos supersônicos violam as leis internacionais. A população se assusta com os estrondos da barreira do som sendo rompido pelas máquinas de guerra que querem intimidar o inimigo. Crianças olham para cima e sorriem inocentes. Não sentem a ameaça da Morte. Os pássaros de aço zumbem e fazem tremer as suas casas.
A missão é se vingar de uma infâmia sofrida: a morte de seus inocentes, os SEUS INOCENTES.
Os soldados, abençoados em sua missão genocida, recebem o abraço do VAMPIRO.
A isso chamamos TERRORISMO DE ESTADO!
Autor:
Álvaro Eduardo Guimarães Salgado