Você já ouviu falar em espirro social? A verdade é que muitas pessoas tendem a prendê-lo quando estão em público, por acharem que não é socialmente aceitável. Por mais que pareça indelicado, este é um ato involuntário e natural e, contê-lo, aumenta a pressão no ouvido, garganta e nariz. Transformar esta ação em um pequeno ruído, quase insignificante, para que ninguém perceba o barulho, pode causar graves consequências.
Você sabia que o ar que sai de um espirro pode atingir uma velocidade superior a 160 quilômetros por hora?
Sua principal intenção é eliminar secreções e agentes agressores do corpo, como explica o Dr. Ullyanov Toscano, cirurgião de cabeça e pescoço.
“Quando o seguramos, toda a pressão gerada por esse fluxo de ar que deveria ser expelido é internalizada pelo corpo, podendo ocasionar inúmeros problemas, como dores de cabeça; lesão do tímpano, no nervo óptico e na retina; hemorragia ocular; ruptura de vaso sanguíneo e até mesmo um AVC. Além disso, é possível gerar uma pressão de ar tão grande nos pulmões, podendo até quebrar uma costela.”, explica o especialista.
Para quem não sabe, o espirro é um reflexo do organismo diante do contato com substâncias irritantes que caem na mucosa. Ele pode acontecer com o contato ao pó, poeira, fumaça, vírus e bactérias. O corpo vai gerar um reflexo para expelir essas substâncias para fora, com um alto fluxo de ar, para proteção do organismo.
“Como não existe nenhuma forma efetiva de evitá-lo, é indicado impedir que as gotículas que vão sair do nariz e da boca com este ato sejam dispersas pelo ambiente. A recomendação, para proteger as pessoas ao seu redor, é cobrir essas regiões com um lenço e caso não tenha, com o antebraço. Além disso, é muito importante lavar as mãos ou usar álcool em gel após a reação”, sugere o Dr. Toscano.
Não reprimir o ato natural e soltar um “atchim” é a fórmula mais simples e eficaz de evitar qualquer complicação com o seu espirro.
Autora:
Jéssica Leiras