Às vezes a gente tem um encontro assim, totalmente casual e surpreendente. Neste caso, não houve nada de surpreendente com o encontro em si, mas com o efeito sobre mim. Percebi de repente que estava sorrindo, e o sentimento era de felicidade mesmo.
Mas, de onde vinha esta felicidade?
Certamente de experiências do passado, pois estou certa de que o que foi acionada nesse encontro foi a memória.
Digo isso porque o colega que encontrei está associado em minha mente a momentos bem tranqüilos e alegres. De fato, no trabalho, quando ele chega, é sempre sorrindo, dizendo toda sorte de coisas gentis e interessantes, e sempre tem uma piada leve para introduzir nos assuntos árduos do cotidiano. Dizem dele coisas como: ‘está sempre de bem com a vida’; ‘uma pessoa maravilhosa que está sempre sorrindo, nunca o vi de mau humor’, ‘aí está um sujeito feliz’.
A felicidade será contagiante? Pelo que pude reparar, bastava ele chegar, para os semblantes se desanuviarem, e, assim que saía, deixava atrás de si muitos sorrisos.
O que me chamou a atenção, hoje, foi o fato de que meu amigo estava sério, e, mesmo assim, eu sorri. Quem sabe hoje tenha sido a minha oportunidade de lhe retribuir tantos momentos de alegria?
O fato é que até agora estou contente, com esta emoção boa que, por motivo desconhecido, não consigo mais obter nos momentos de meditação.
Quando os recursos interiores falham, é tão bom receber um reforço de fora, destas pessoas que passam por nossas vidas de tempos em tempos, que são como um bálsamo divino sobre nossas dores, e que costumo chamar de anjos e que são também popularmente conhecidas por outro nome: amigos.
Autora:
Sonia Regina Rocha Rodrigues