Este ano, o CVV definiu o tema “Acolher é cuidar”
A campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa global de conscientização sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental. A cor amarela é usada como símbolo, representando a esperança e a vida. O objetivo principal da campanha é educar as pessoas, quebrando tabus e estigmas associados ao suicídio, bem como oferecer apoio para aqueles que estão em situações de vulnerabilidade emocional.
Em 2023, no 9º ano da Campanha, o CVV definiu o tema “Acolher é cuidar” para lembrar a importância de oferecer acolhimento e acolhimento, e não julgar, colocando-se à disposição para ouvir quem pede ajuda ou demonstra precisar de auxílio.
A campanha inclui a realização de diversas atividades, como palestras, seminários, caminhadas, iluminação de monumentos em amarelo e a divulgação de informações sobre a prevenção do suicídio. É um momento para promover conversas abertas sobre saúde mental, identificação de sinais de alerta e a importância de buscar ajuda quando necessário.
“O Setembro Amarelo busca lembrar às pessoas que a prevenção do suicídio é responsabilidade de todos, e que o apoio emocional e o tratamento adequado podem fazer a diferença na vida daqueles que estão passando por momentos difíceis. É uma campanha que visa salvar vidas, aumentando a conscientização sobre a importância da saúde mental e incentivando a empatia e o cuidado com o próximo”, esclarece o psicólogo André Carneiro, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC).
Os principais objetivos da campanha Setembro Amarelo são: promover a conscientização da sociedade sobre a importância de discutir abertamente o tema do suicídio e da saúde mental, reduzindo o estigma em torno dessas questões; Prevenção: identificar os sinais emitidos por pessoas com tendências suicidas; divulgar informações sobre o tema e mobilizar a sociedade e as instituições de saúde e educacionais.
“Identificar um possível suicídio pode ser uma tarefa desafiadora, mas é importante estar atento a sinais e comportamentos que possam indicar que alguém está em perigo. É crucial lembrar que a detecção precoce e a oferta de apoio podem fazer a diferença na prevenção do suicídio”, pontua o psicólogo André Carneiro.
Ainda de acordo com o especialista, além do sintoma clássico e mais conhecido de falar abertamente sobre querer morrer, se matar ou não ver sentido na vida, pessoa em situação de vulnerabilidade emocional pode apresentar outros comportamentos, como: começar a se despedir de amigos e familiares de maneira incomum ou fazer preparativos para a própria morte, como dar pessoais; desesperança em relação ao futuro, como acreditar que as coisas nunca vão melhorar ou que nada pode ser feito para aliviar o sofrimento e isolamento social, retirada de atividades que costumava gostar, perda de interesse em cuidar de si mesma ou negligência com a aparência pessoal.
Ao perceber esses sinais em alguém, é essencial agir com cuidado e empatia, orienta o psicólogo André Carneiro. “Incentive a pessoa a buscar ajuda profissional, como um psicólogo ou psiquiatra, e ofereça seu apoio emocional. Ouça com atenção, seja compreensivo e mostre que se é importante pode fazer uma diferença significativa para alguém que está em crise. Além disso, você também pode entrar em contato com serviços de prevenção ao suicídio, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), para orientação sobre como ajudar uma pessoa em situação de risco”, completa o especialista.
É importante destacar que o suicídio é um problema de saúde pública sério e complexo, e a abordagem da psicologia é apenas uma parte do esforço mais amplo de prevenção. A prevenção do suicídio requer a colaboração de diversos setores da sociedade, incluindo profissionais de saúde, educadores, governos e comunidades.
No Brasil, existem diversos centros de apoio e instituições que oferecem ajuda e suporte para pessoas que planejaram suicídio ou que estão em risco. É importante lembrar que, em casos de tentativa de suicídio ou pensamentos suicidas, é essencial procurar ajuda profissional imediatamente. Alguns dos recursos e centros de apoio incluem disponíveis:
SERVIÇO:
1. Centro de Valorização da Vida (CVV): O CVV é uma organização voluntária que oferece atendimento gratuito por telefone (ligando para o número 188), chat online e e-mail. Eles têm voluntários treinados para conversar com pessoas que estão enfrentando dificuldades emocionais, incluindo aquelas em risco de suicídio.
2. CAPS (Centros de Atenção Psicossocial): Os CAPS são unidades de saúde mental que oferecem atendimento psicológico, psiquiátrico e social para pessoas com transtornos mentais, incluindo aquelas em situação de risco. Eles estão presentes em muitas cidades do Brasil.
3. UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e Hospitais: Em casos de tentativa de suicídio, muitas vezes as pessoas são encaminhadas para atendimento médico de emergência em UPAs ou hospitais. Isso garante que possamos receber os cuidados médicos necessários e, em seguida, serem encaminhadas para acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.
Autora:
Renata Maia