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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Pássaro à janela

Estava  no sofá junto à janela.
Vidros fechados; frio e ventando.
Olhava distraído o mar.
De repente, um pássaro se aproxima da janela e fica, por alguns instantes, pousado sobre uma pequena saliência; uma minúscula marquise.
O pássaro, após alguns segundos, bate asas e voa novamente para cumprir o fado que a vida lhe reserva.
Livre como a natureza o criou.
Não sou adepto de manter pássaros enclausurados.
Se a natureza lhe deu asas, foi para que pudesse desfrutar da liberdade do voo.
Após esse evento, fiquei pensando em uma pequena história que definirá com precisão o que acontece com os pássaros quando em cativeiro.
Um pássaro livre, como todos devem ser, posa em uma janela, onde vê um outro pássaro preso em uma gaiola.
Diz:
– Bom dia sr. Pássaro preso.
– Bom dia sr. Pássaro livre.
– Sabe, um dia também fui livre igual a você. Pousei na janela desta casa e nunca mais sai daqui. Fui apreendido e colocado neste cativeiro, onde, por certo, ficarei para sempre.
– Foi uma maldade que fizeram comigo.
– O dono da gaiola jamais imagina o quanto é sofrido não poder usar minhas asas para desfrutar do universo.
– Acho melhor, pássaro livre, ires embora, se o dono da casa chega e te vê…
Nisso, o pássaro livre adiu:
– Ah, como gostaria de falar para o dono desta casa para lhe soltar.
Ninguém merece ficar preso, enclausurado, ainda mais um pássaro que tem um mundo a explorar e novos ares a descobrir.
– Falou ainda o pássaro livre:
– Dirija-se àquele que o prendeu e diga-lhe:
– Hoje, por conta de uma pandemia, você está preso dentro casa,  enclausurado sem poder sair, fácil perceber como é difícil viver encerrado. O seu espaço ainda é maior que o meu.
– Aproveite e faça uma reflexão sobre o momento. Pense e descubra suas atitudes com respeito as aves indefesas; nós os pássaros.
– Não apreenda nunca nenhum pássaro. Deixe-os livres na natureza.    

– Reveja seus conceitos de felicidade e liberdade.
-Use a inteligência, bom senso com o que existe na natureza.
– Dê liberdade aos livres. Não os apreenda.
Se devolver a ave à liberdade, há a possibilidade de doá-las  às reservas públicas para que lá, sob os cuidados de veterinários, possam usufruir de um espaço, se não o ideal, pelo menos,  bem maior.
“DÊ LIBERADE AOS LIVRES!”

Autor:

Odair Ferreira Ramos.

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