3 Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, Tu o sabes.
Livro do Profeta Ezequiel, cap. 37:3.
Os quatro cavalos
São naturalmente os estágios
Por onde o ser humano e espiritual
Tem que passar
Para a redenção encontrar.
De saída:
Monta o cavalo branco
Da falsa paz
Porque o homem não traz
A paz dentro de si.
“Eu vou aonde me leva o meu pensamento. Talvez chegue à paz do meu coração.”
Džore Držić (1461-1501).
Poeta e dramaturgo croata.
Em seguida:
Monta o cavalo vermelho
Porque é um aparelho
De guerra,
Pois cada sentido
É sempre atraído
Pela disputa.
“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.”
Haile Selassie (1892-1975).
Último imperador da Etiópia.
Depois:
Monta o cavalo preto
E surge o imperfeito
Modo de viver.
Tudo o que contraria
Ele põe em dia
Porque tudo é assim.
“Quando se destrói um velho preconceito, sente-se a necessidade duma nova virtude.”
Madame de Staël (1766 – 1817).
Crítica literária, filósofa política e escritora francesa do iluminismo.
O preconceito
Dá sempre um jeito
De fazer sobreviver.
A injustiça
Com balança enganosa
Ele põe na prova
De toda hora.
“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar.”
Martin Luther King, Jr. (1929 – 1968).
Pastor batista, político estadunidense e Nobel da Paz de 1964.
Tudo o que fere a Lei Natural
Ele acha coisa normal.
“Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.”
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997).
Missionária católica macedônia e Nobel de Paz de 1979.
A fome
Que a muita gente consome
Com o nome
De fome negra,
Ele agrega
Ao seu modo de viver.
Mais além:
Sobe no cavalo amarelo
Para bater o martelo
Do juízo final,
Achando-se o tal
Porque a enfermidade
Anda de conformidade
Com a morte
Que muda a sorte
De toda gente;
E, ele, indiferente
Tudo permite.
“O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.”
Friedrich Nietzsche (1844-1900). Filósofo, escritor, poeta e filólogo alemão.
É sempre dessa maneira
A vida de quem se abeira
Da ingratidão.
“Ingratidão é uma forma de fraqueza. Jamais conheci homem de valor que fosse ingrato.”
Goethe (1749 – 1832).
Escritor, cientista e filósofo alemão.
Autora:
Zahira Zehava