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sábado, 23 de novembro de 2024

Vejo uma estrela

Da janela do meu quarto vejo uma estrela.

Seu brilho é pequeno. Deduzo que se formou num passado distante.

Mas, pela sua graça e intensidade de luz, ela é jovem.

Lembra uma moça bonita com duas décadas de vida.

Cheia de brilho e esperança nos olhos.

Imagino que posso tocá-la, sempre que busco amor e afeto.

As vezes fecho os olhos e danço com ela num grande salão entre os astros.

Há uma grande festa. Cheia de brilhos cintilantes, mas lá fora, no grande cosmo,

ninguém fala nada – o silêncio é total. Nada de aplausos, apenas olhares de

profunda admiração.

Quando volto para a terra, encontro centenas de estrelas – falantes e vaidosas.

Belas também, mas nem sempre singelas e as vezes ruidosas.

Exigem palavras o tempo todo. Querem explicação de cada segundo da vida.

Ah! Como são bravas. Se não conseguem o que querem, suas luzes mudam a tonalidade

de suas cores.

Quisera poder um dia levá-las, uma a uma, ao cosmo para dançar.

As luzes e o som silencioso do universo fariam com que elas falassem menos e ouvissem mais o

maior astro terrestre – O coração: senhor de todas as coisas e conselheiro da razão!

Autor:

Jaeder Wiler

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