O amor – Parte um

Hoje quero falar do AMOR, esse sentimento que nos proporciona várias sensações diferentes ao mesmo tempo… sim, o AMOR pode nos elevar ao Paraíso Celestial ou nos arrastar ao Inferno Astral… depende das circunstâncias…

Quando nos apaixonamos, quando entregamos nosso coração a alguém, e por esse alguém somos correspondidas, acreditamos estar no sétimo céu, onde a Felicidade jamais sairá de nosso lado, não é mesmo? Afinal, estamos ao lado da pessoa que amamos de corpo e alma, e nos sentimos a ela ligadas de tal forma que não conseguimos imaginar como pudemos viver até aquele momento longe desta pessoa que nos completa… não é assim mesmo? Quando conhecemos alguém que nos cativa ficamos como que perdidas no mundo se não estamos ao lado da pessoa amada… sim. Acordamos, dormimos, fazemos nossas tarefas diárias sempre com esse alguém em nosso pensamento… nosso desejo é estarmos o tempo todo ao lado dessa pessoa que nos faz sentir tão bem… ficamos contando os minutos para que a hora de nosso encontro chegue logo… mas o relógio, tão malvado como ele só, resolve caminhar bem devagarinho, para nos deixar ainda mais ansiosas pelo momento em que vamos nos encontrar com nosso AMOR…  e, quando finalmente chega a hora do encontro… meu Deus do Céu, que maravilha! São abraços, beijinhos, juras de amor eterno, passeios de mãos dadas… uma simples flor ofertada é o melhor de todos os presentes com que podemos ser agraciadas… ou então um bombom… ou mesmo uma balinha, pode ser de morango ou cereja… não importa o que seja, o que importa é que nosso AMOR demonstra, com esse gesto, o quanto nos ama, não é verdade?

Mas a vida é a vida. E, depois de algum tempo, vem as primeiras desavenças entre a gente e nossa “cara metade”, algumas vezes mais cara que metade… e como sofremos a cada rompimento… e que felicidade sentimos a cada retorno! Qualquer coisa pode ocasionar nossa separação… um olhar para outro alguém que esteja passando ao nosso lado é motivo suficiente para uma desavença entre a gente. É que nos sentimos inseguras, e o olhar de nosso par para outra pessoas, em nossa cabeça, demonstra que ele está nos comparando com outras e que ele pode não estar tão ligado assim a nós… e o medo de perder nosso amor nos faz nos tornarmos hostis ao nosso par… algumas vezes a desavença é tão forte que não há retorno… ficamos com o coração despedaçado… e até que ele se recomponha, permanecemos solitárias, remoendo o amor que não deu certo…

Bem, mas se o rompimento aconteceu após uma briga, pelo menos temos a quem culpar pelo término do relacionamento… duro, mesmo, é quando a pessoa resolve se afastar da gente sem briga, sem discussão, usando aquela frase que fere mais que qualquer objeto pontiagudo conseguiria… “não é você… sou eu… tenho certeza de que você encontrará uma pessoa melhor, que te fará feliz de verdade…” meu Deus… essa frase acaba com o mundo de qualquer um. Você começa a se sentir um lixo, pensando consigo mesma “mas o que é que eu fiz de errado? Por que me deixou assim? Como assim, vou encontrar outro alguém? É ele/ela que eu amo! Nunca mais vou me apaixonar por mais ninguém!” E, dali a uma semana, lá está você, com outro amor verdadeiro fazendo parte de sua vida…

Sim, o AMOR pode nos fazer sentir a pessoa mais importante do mundo, ou a mais miserável de todas, dependendo de termos ou não o coração de quem desejamos… e por enquanto só falei do namoro que realmente acontece… mas nem sempre temos ao nosso lado a pessoa cobiçada. Pois, se estivermos apaixonadas por alguém, e esse alguém não nos corresponder… bem, aí entramos no Inferno Astral de que falei no começo desta crônica. Mas isso é assunto para outro dia…