“Qual das janelas?
Qual delas devo mirar?
O que acontece fora delas é o movimento perpendicular
Carros, motos e som
Sintaxe sem lar
O que acontece dentro dos prédios de concreto é deserto ocular
O marasmo sobe
E se transforma em neblina
Olhos aflitos chegam até os vidros das janelas para ver cair a chuva
Na corcunda dos vira-latas
E no pelo dos gatos vagabundos
O desejo segue coordenadas à frente
E o sonho
Voa absciso,
Quando olho para fora da janela
E não encontro meu amor”.
Autor:
Bruno Haacke (@uno_haackebr)