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domingo, 17 de novembro de 2024

Baseado em um pesadelo que eu sonhei (1)

Ele era bem pequeno, tanto o corpo quanto os membros. Sua pele era lisa e brilhosa. Parecia um bebê, mas não um bebê de verdade, estava mais para uma boneca daquelas com as quais as meninas brincam. Ao mesmo tempo, ele se assemelhava também a um boneco de porcelana.

Acordei meio tonto, com as vistas embaçadas. O “boneco” tinha em suas mãos uma faca e ao seu lado um galão cheio de um líquido amarelado. Em sua frente havia uma pessoa de pé, estática, a qual, na medida em que fui recuperando a visão, percebi que estava morta e que era segurada por uma estrutura metálica. Aquele ser estava estripando as entranhas do cadáver. Ele o deixou oco.

Ainda sem conseguir me levantar, mas tentando, me esforçando, presenciei aquela carcaça sendo costurada depois de ter sido enchida com algum material que eu não soube identificar. Após tudo isso, seu órgão sexual foi arrancado e o buraco que ficou foi tampado. Subindo numa escada, o serzinho maquiou o “empalhado” e começou a passar, com um pincel, aquele líquido amarelado e viscoso por todo o corpo do morto. Agora o que se via era um boneco de porcelana em tamanho natural.

Comecei a sentir meu corpo e achei que já poderia me levantar e sair correndo. Mas para onde? Virei a cabeça para a esquerda e vi um pequeno corredor com uma escada no final. Levantei-me e, antes que eu começasse a correr, o bebê-monstro gritou algo que não consegui entender e em seguida surgiu um outro ser, só que esse era gigantesco. Saí correndo. O menor deles então gritou: “- Pega ele!”. O maior respondeu: “- Sim senhor, capitão!”. Após dizer isso, ele veio correndo meio desengonçado atrás de mim. Comecei a descer aquela escada correndo o mais rápido que eu podia, de dois em dois degraus, às vezes pulava uns cinco para terminar de descer aquele lance mais rapidamente. Vez ou outra eu dava uma olhada para trás e não o via, mas ouvia seus passos descendo também. Finalmente cheguei à porta do edifício e fugi para a rua.

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