Em 2021, o número de postos ocupados por mulheres na construção foi de 250 mil e o de homens foi de aproximadamente 2 milhões
Visto como um setor majoritariamente masculino, a presença das mulheres na construção civil segue em ritmo lento. Em 2021, o número de postos ocupados por mulheres na construção foi de 250 mil e o de homens foi de aproximadamente 2 milhões, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
“A luta para conseguir representatividade no setor marcado pela presença de homens não é fácil. Os resultados recentes da área não são otimistas, mas seguimos em busca de inclusão”, avalia a especialista Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia.
Para mudar esse cenário, muitos projetos são desenvolvidos para estimular a atuação de mulheres na área, entre eles o Programa Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil, criado em 2012 pelo governo federal, tendo como propósito formar mulheres de baixa renda para a inserção nesse mercado de trabalho.
Outra iniciativa é o projeto Concreto Rosa, que foi oficializado em 2015 após a Geisa Garibaldi ter tido sua mãe como referência construindo sua casa aos poucos. Ele oferece a inclusão feminina nas mais variadas áreas, como engenharia, arquitetura, pintura, reparo residencial, elétrica, hidráulica e design de interiores.
O terceiro setor também vem estimulando o ingresso de mulheres na construção. Das iniciativas criadas, destacam-se o projeto Mão na Massa e a ONG Mulheres em Construção. As propostas têm como objetivo oferecer cursos de formação na área da construção civil, promovendo autonomia e empoderamento das trabalhadoras de baixa renda.
Para Tatiana, a luta pela igualdade de gênero não é apenas sobre contratação, mas sim oportunidade igualitária de crescimento dentro das empresas. “As mulheres têm capacidade de fazer com que uma empresa cresça seja como CEO ou como qualquer outra delegação. A luta é sobre igualdade, sobre podermos ter as mesmas oportunidades que qualquer homem no setor sempre teve e estamos no caminho para isso”.
Autora:
Daniele Ferreira