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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Cuidar bem da saúde intestinal é o caminho para longevidade e produtividade das vacas de leite

Pesquisadora do Departamento Global de P&D da Trouw Nutrition explica importância da saúde do sistema gastrointestinal para o desempenho de vacas de leite.

Complicações na saúde e metabolismo do trato gastrointestinal de bovinos representam um grande alerta, em especial para as vacas leiteiras, pois comprometem produção e longevidade, uma vez que sem digestão eficiente o alimento não é transformado em nutriente e, mesmo que venham a se transformar, sua disponibilidade e absorção podem ser comprometidas.

“Esses desafios na função gastrointestinal podem comprometer direta ou indiretamente a produtividade do rebanho, pois o animal não aproveita completamente os nutrientes, e os nutrientes que estão disponíveis acabam sendo utilizados para “salvar” ou “reparar” os próprios estragos relacionados às mesmas complicações. É claro que isso representa prejuízo econômico ao produtor, que pagou por um alimento não aproveitado de forma adequada”, explica a médica veterinária e pesquisadora da Trouw Nutrition na Holanda, Dra. Victória Sanz-Fernandez.

Além de responsável pela absorção de grande parte dos nutrientes, o intestino também funciona como barreira a qualquer corpo estranho e não desejável, como bactérias ou vírus. Há ainda inúmeros estressores que podem afetar a integridade e saúde do intestino, como: o estresse térmico, ambiental – falta de conforto animal, restrições alimentares, ou o excesso de sujeira – além de doenças, parto, entre outros. A pesquisadora ressalta que o manejo nutricional adequado é um fator crucial nessa equação.

“Os alimentos oferecidos aos animais devem encontrar o melhor equilíbrio nutricional possível. Escassez ou excesso de certos nutrientes podem interferir na integridade e função das células intestinais, comprometendo a ‘saúde’ do intestino e, consequentemente, o desempenho animal”, ressalta Victoria.

Além disso, ela reforça que dentre esses vários fatores de estresse, a restrição alimentar em especial pode trazer grandes desafios para saúde intestinal das vacas. “Isso porque quando o animal fica algumas horas sem se alimentar ou sofre com um período de perda de apetite, como no período pré-parto, seguido por um grande apetite ao retornar às funções fisiológicas normais, esse animal provavelmente vai ingerir grande quantidade de alimento de uma vez só, em especial concentrado, causando uma acidose ruminal e, posteriormente, provocando o chamado intestino permeável ou leaky gut”.

A queda do pH e o aumento de endotoxinas – originadas pela morte de bactérias no rúmen – causam inflamação no tecido intestinal, reduzindo integridade e resistência dos enterócitos, permitindo a entrada de elementos indesejáveis do tubo gástrico para circulação do animal.  Uma vez dentro da circulação, o sistema inflamatório passa atuar de forma aguda, tentando combater e impedir a entrada de mais elementos, levando a mudanças fisiológicas drásticas, como febre, aumento do ritmo respiratório e na pressão arterial. Todo esse processo diminui o apetite e consome reserva de nutrientes, levando ao emagrecimento do animal.

A pesquisadora da Trouw Nutrition destaca que micro elementos, assim como o uso de fontes minerais adequados são uma ótima estratégia nutricional para reduzir o impacto do problema. “Em termos de minerais, o zinco e o cobre, principalmente, são importantes aliados quando oferecido da quantidade e forma correta. A forma hidroxilada (ou hidroxi) é mais adequada em relação as fonte inorgânicas, uma vez que estas, como os sulfatos, são muito solúveis, podendo degradar nutrientes importantes da dieta, por exemplo as vitaminas, ácidos graxos e probióticos. Além de tóxicos para bactérias ruminais, afetando a digestibilidade da fibra, matéria seca e outros nutrientes”, explica Victoria.

Já a escolha entre os minerais inorgânicos, orgânicos e hidroxilados, a especialista destaca os benefícios dos hidroximinerais. “A função de toda fonte de micromineral é levar o microelemento, como o zinco, o cobre, o manganês do alimento  até o local de absorção. Quanto menor a interação desses microelementos com outros componentes da digestão durante o trajeto, maior a qualidade da fonte. Os minerais do tipo hidroxi- são mais concentrados, mais estáveis e menos reativos, resultando em biodisponibilidade maior que os sulfatos e os óxidos, e equivalente ou maior que os minerais orgânicos de qualidade, oferecendo uma relação de custo-benefício mais interessante”, conclui a pesquisadora.

“A Trouw Nutrition  possui em seu portfólio a tecnologia Selko IntelliBond®, hidroximinerais com alta estabilidade na ração e biodisponibilidade, otimizando o desempenho e saúde intestinal dos animais. O cuidado com o intestino é um dos pilares importantes para ter um rebanho saudável. Por isso, é importante que o produtor esteja sempre atento ao manejo nutricional e aos componentes ofertados na dieta – de olho na origem e na qualidade”, reforça a pesquisadora da Trouw Nutrition, Victoria Fernandez.

Autora:

Raphaela Candido

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