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domingo, 21 de julho de 2024

Autismo e seletividade alimentar: entenda essa relação 

O mês de abril é o período de conscientização sobre o autismo e especialista explica questões alimentares nas crianças que estão dentro do espectro

O dia 2 de abril foi escolhido como Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo e a campanha do Abril Azul traz mais informações à população sobre o autismo e tem o objetivo de conscientizar a todos sobre a inclusão de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Segundo a ONU, a previsão é de que existam mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. O estudo mais recente publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos, referência mundial na comunidade científica, discorre sobre a prevalência e características do TEA. 

Estima-se que em 2020, 1 em 36 crianças com 8 anos de idade no país estivesse dentro do Espectro, indicando um aumento de 22% comparado aos anos anterioresNo Brasil, estima-se que esse número seja por volta de 2 milhões de pessoas com o transtorno.

Algumas características que podem levar ao diagnóstico são observadas no comportamento da criança, que apresenta os sintomas logo na infância. Entre elas estão o comprometimento no engajamento e interações sociais, dificuldade na comunicação verbal e não verbal, e um padrão restrito, repetitivo e estereotipado de comportamentos e interesses. A seletividade alimentar também pode estar presente, gerando uma enorme preocupação para as famílias dessas crianças.

O comportamento alimentar tende a ser caracterizado por aversão/recusa alimentar ou preferências por certos tipos de alimentos em detrimento de outros. Alguns dos fatores envolvidos incluem a textura, a cor, o sabor, a forma e a temperatura dos alimentos, bem como a forma e a cor da embalagem”, explica a fonoaudióloga Dra. Patrícia Junqueira, fundadora e diretora do Instituto de Desenvolvimento Infantil.

Ela é também especialista em avaliação e reabilitação de bebês e crianças com dificuldades alimentares e afirma que todas essas características impactam e dificultam o aprendizado alimentar, tornando a refeição um momento de estresse para toda a família.

Fundado em 2015, o Instituto de Desenvolvimento Infantil é referência na área e tem como diferencial um diagnóstico integrado da alimentação, com atendimento realizado por uma equipe multidisciplinar que envolve fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicóloga e fisioterapeuta para que a alimentação seja estudada e entendida da maneira mais completa possível. Os profissionais atendem crianças não apenas do Brasil, como também de países como Angola, Portugal, Japão, Londres, Itália, Estados Unidos, entre outros. 

Dra. Patrícia Junqueira

Fonoaudióloga com 33 anos de experiência clínica

Mestre em Distúrbios da Comunicação pela PUC de SP e Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP

Especialista em Motricidade Orofacial pelo CFFa.

Idealizadora e Diretora do Instituto de Desenvolvimento Infantil

Palestrante Internacional

Autora do livro: “Por que meu filho não quer comer: uma visão além da boca e do estômago” – o primeiro livro no Brasil a trazer um olhar integrado e responsivo para alimentação infantil – traduzido para o espanhol e em tradução para o italiano

Atua na avaliação e reabilitação de bebês e crianças com dificuldade alimentar com uma abordagem integrada e responsiva.

Autora:

Karine Bastida

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