Nesta sexta-feira (3), o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que as investigações para detectar de onde surgiu a pandemia de Covid-19 ainda estão em curso. O tema ganhou grande repercussão após uma empresa americana de energia encaminhar um relatório de inteligência confidencial à Casa Branca e aos principais membros do Congresso.
“Gostaria de deixar bem claro que a OMS não abandonou nenhum plano para identificar as origens da pandemia de Covid-19”, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Na terça-feira (28), o diretor da agência de investigações americana FBI, Christopher Wray, disse que a agência acredita que o coronavírus “provavelmente” teve origem em um “laboratório controlado pelo governo chinês”. Essa é a primeira vez que um representante oficial americano manifesta-se publicamente sobre a possível origem do vírus. O governo chinês diz que a informação é uma tentativa de difamação.
O Democracia Sem Fronteiras Brasil (DSF Brasil) destaca que a China sempre foi contrária a qualquer suspeita de vazamento do vírus de um laboratório em Wuhan, província da China central, onde começaram a aparecer os primeiros casos de infecção. Porém, neste momento, confiar nas informações produzidas pelo governo chinês é uma questão complexa, visto que dificultaram a transparência sobre os dados de infectados pela Covid-19.
“A China teve, durante boa parte da pandemia, a política de Covid zero que afetou boa parte da população e economia com lockdowns severos e incessantes testes. Mas mesmo assim, em janeiro deste ano, a OMS pediu dados mais detalhados ao governo chinês após receber a informação de quase 60 mil casos de mortes ligados à Covid-19 em apenas um mês, sendo que o fim das medidas severas no país começaram em dezembro. Atos como esses dificultam a compreensão real da pandemia”, diz o Democracia Sem Fronteiras Brasil.
O DSF Brasil complementa que outros países e a OMS continuem atentos não apenas sobre a origem do vírus, mas a sua real magnitude. Além disso, observa que o governo chinês deve colaborar, pois a pandemia da Covid-19 já gerou cerca de 6,88 milhões de mortes oficialmente registradas. “Casos de subnotificações são importantes dados para compreensão do panorama mundial e evitar novas ocorrências de epidemias com imensuráveis consequências”, pontua o movimento DSF Brasil.
Autora:
Anny Carolinne