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terça-feira, 27 de agosto de 2024

O déficit educacional brasileiro

Historicamente, o Brasil é conhecido por seus péssimos índices educacionais, tanto na esfera básica quanto na superior. Com a pandemia do Covid-19, estes índices negativos apenas se agravaram, tornando extremamente preocupante o futuro intelectual e profissional da população.

A educação brasileira enfrenta não apenas um obstáculo, mas uma complexa cadeia de dificuldades e impedimentos, que abrange desde a esfera econômica da população, desigualdade social e até mesmo a falta de esforço federal para combater os déficits. É de conhecimento geral de que o Brasil carece de um investimento profundo na educação, onde algumas escolas públicas de áreas isoladas não possuem ao menos energia elétrica. Salas minúsculas com superlotação de alunos e falta de material didático para sua formação intelectual são apenas alguns itens da longeva lista de anormalidades que o governo federal poderia resolver com investimento e zelo maior. Os resultados desta falta de cuidado, ocasionam por exemplo, nas crescentes taxas de abandono escolar (no ano de 2020, a porcentagem de abandono alcançou 2,6%, já em 2021, 5,8%) a Unicef apontou em setembro de 2022 que 11% das crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos de idade estão fora da escola no Brasil, equivalente a 2 milhões de jovens sem completar o ensino básico.

Grande parte deste déficit também é herança da pandemia do Covid-19, onde grande parcela dos alunos não se adaptou ao sistema EAD, (ensino a distância) seja pela dificuldade deste meio de ensino, ou, por conta da pobreza, não possuíam aparelhos eletrônicos para assistir as aulas, causando o abandono das atividades estudantis. Áreas mais pobres são as principais vítimas, no Nordeste, o atraso educacional e os gráficos de analfabetos são os maiores do país, em Alagoas por exemplo, 17,2% dos jovens de 15 anos não sabem ler ou escrever, seguido do Piauí com 16,6% e Maranhão com 16,3%.

Dados tão preocupantes trazem um problema no presente, como também no futuro. A consequência de um abandono excessivo do ensino básico, traz à tona que futuramente o Brasil terá um número menor de formandos no ensino superior, diminuindo a qualidade do futuro profissional do país, tendo um número maior de trabalhadores em profissões subvalorizadas, com baixa expectativa de vida, tendo o desenvolvimento do país extremamente limitado, afetando todas as áreas da federação.

A melhor maneira de combater o imenso déficit educacional que assola o país é o investimento extensivo na educação e no combate às desigualdades sociais pelo governo federal, onde o aluno de ensino público pode ter o mesmo nível educacional que um aluno na esfera particular, assim incentivando a busca pelo estudo e conhecimento. Apenas com o ensino bem estruturado, modernizado e valorizado, focando na formação intelectual e capacitação profissional do indivíduo, teremos uma sociedade rumo a evolução e um país salvo da crise que hoje o assola.

Autor:

Rodrigo Santana

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