Três quartos das misérias e mal-entendidos do mundo desaparecerão se nos colocarmos no lugar de nossos adversários e entendermos o ponto de vista deles.
Nossos “adversários” podem ser simplesmente pessoas que divergem dos nossos pontos de vista, ou pensam de forma diferente.
Muitas desavenças, conflitos, desacordos, ou sentimentos de raiva, hostilidade e aversão; no ambiente social, familiar ou profissional, poderiam ser evitados ou amenizados se utilizássemos da empatia.
Estou falando da empatia cognitiva, que entendo como a habilidade de entender o sentimento, a forma de pensar e o ponto de vista de outra pessoa.
Confesso que é mais fácil falar sobre empatia quando estamos fora da situação, analisando a controvérsia entre outras pessoas, do que colocá-la em prática quando estamos envolvidos diretamente na situação.
E no meu ponto de vista, também não significa que devemos simplesmente abrir mão de todas as nossas idéias, convicções e conceitos, pelo fato de sermos empáticos. Mas certamente, acredito que devemos levar em consideração o que as outras pessoas pensam, sentem, e qual o seu contexto; antes de tomarmos uma posição definitiva sobre algum assunto.
Penso que como tudo na vida, precisamos encontrar o equilíbrio. Inclusive da empatia.
Como exemplo no campo profissional, conversando com pessoas em cargo de liderança em empresas, me impressionei com uma rápida conversa, onde grande parte deles coloca situações como:
– Quase sempre pulo o café da manhã
– Não faço exercícios frequentemente
– Frequentemente almoço com pressa
– Não paro suficientemente para mostrar apreciação pelos outros ou para celebrar conquistas e bençãos
– Não passo o tempo suficiente com a minha família, e quando estou com eles, nem sempre estou totalmente “presente”
– Mesmo à noite ou nos finais de semana, e mesmo durante período de férias, não desligo do trabalho, e fico acompanhando mensagens e e-mails.
E por aí vai outras colocações nesse sentido.
E exatamente essas lideranças têm a responsabilidade de conduzir equipes, entregar resultados, bater metas, cumprir prazos, aprimorar seus conhecimentos, manter a moral e disciplina das equipes, orientá-las, corrigí-las; e outras questões.
Colocando-me no lugar desses líderes, entendo o desgaste a que estão sujeitos, e o cuidados que precisamos ter para apoiá-los; ou a atenção para que também não entremos nesse círculo vicioso, que pode acabar comprometendo a saúde física ou mental.
Poderia também trazer exemplos da nossa vida pessoal. Fica para uma próxima oportunidade.
A empatia faz parte das minhas buscas.
Você também acha isso importante?
Autor:
Edivaldo Santin
Como sempre, uma excelente crônica, parabéns.