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quinta-feira, 25 de abril de 2024

A Estrutura de Uma Vitrine em Lojas de Varejo

Que Cuidado Deve Haver ao Se Colocar Produtos no Piso? Como Podem Ser as Laterais de Uma Vitrine? Que Utilização Pode Ser Dada ao Teto de Uma Vitrine? Qual a Influência do Ponto Focal e do Caminho Visual no Piso da Vitrine?

As vitrines possuem estruturas diferenciadas e componentes como o piso, as laterais, o fundo, o teto, e o vidro fazem parte dessa estrutura. E, para maior compreensão, analisaremos um a um:

1) Piso: É a base sobre a qual os produtos ficam apoiados. É considerado o principal elemento, pois, além de destacar os produtos, separa o espaço de circulação do de exposição. Colocar os produtos no piso sem destacá-lo em sua estrutura é o mesmo que colocá-los no chão, ou seja, menosprezamos a mercadoria.

O piso pode variar quanto ao nível e quanto ao material. Quanto ao nível, poderá estar no mesmo nível da calçada ou acima, no mesmo nível do piso da loja, mais abaixo ou mais alto. Quanto ao material, pode ser madeira, vidro, mármore, concreto etc. DICA: O piso deve, de preferência, ser liso e permitir adaptar os suportes e expositores.

Aproveitando que estamos falando sobre nível vamos analisar o “Ponto Focal” e o “Caminho Visual” da vitrine. O ponto focal é onde está o “ponto forte” para a disposição dos produtos; ou seja, é o espaço de maior visibilidade e atração para o cliente. Quanto mais importante for o produto exposto, mais próximo dos olhos deverá estar.

O Ponto Focal começa a 0,50 cm, passa para 0,80 cm do chão e termina com 1.5 m de altura. A largura pode variar entre 1,00 m e 1,50 m. Em grandes exposições de produtos (balcões, prateleiras) ou em vitrines grandes, o Ponto Focal deverá ser modificado a cada metro. Portanto, considere o piso da vitrine e eleve seus produtos para um melhor destaque.

Já o Caminho Visual é a área por onde o olho do observador passa. é dirigido da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esse procedimento coincide com o padrão de visualização no interior da loja.

2) Laterais: As laterais servem para limitar o espaço da vitrine, indicando seu fim, e podem ser usadas para fixar a decoração, mas não os produtos. Esses podem ser fixados nas laterais somente quando o cliente estiver com uma visão completa deles. As laterais podem ser:

  • Praticáveis – com painéis verticais que limitam o espaço.
  • Em ângulo – com painéis nas laterais que se fecham no fundo.
  • Móveis – possibilitam a subdivisão da vitrine.
  • Inexistentes – a vitrine é definida pelo piso, pelo teto e pelo fundo.

A lateral não é o componente principal em uma vitrine, pois, de acordo com o exemplo apresentado, a lateral não fez muita falta. Em algumas vitrines, a lateral será necessária por questão de segurança, ou seja, para isolar os produtos do fluxo dos clientes.

3) Fundo: Isola a vitrine do restante da loja. O fundo pode ser o mesmo espaço principal para o apoio da decoração ou então a decoração pode se tornar o próprio fundo da vitrine. O fundo limita a profundidade da vitrine, podendo ser:

  • Fixo – faz parte da vitrine e isola totalmente a loja, possibilitando um maior uso de decoração. Auxilia o foco direcionando somente para o produto.
  • Móvel – permite ampliar ou reduzir a profundidade ou variar a exposição da loja para o cliente.
  • Inexistente – não existe barreira entre o fundo da vitrine, e o interior da loja fica mais exposto.
  • Psicológico – podemos direcionar o foco para o produto e, ao mesmo tempo, não isolar a exposição da loja.

OBSERVAÇÃO: O ideal é trabalhar com o fundo “psicológico”. Pode ser o espaço principal para o apoio da decoração ou a decoração pode se tornar o próprio fundo da vitrine. O Fundo, assim como o Piso, deve ser liso com cores neutras e claras para evitar o reflexo.

Os espelhos e as cores escuras devem ser evitados, pois podem causar reflexo e tirar a atenção do cliente em relação ao produto. Podem ser usadas peças de arte, móveis, molduras, banners, painéis plotados, chapas de acrílico, elementos pendentes, cortinas ou o próprio produto exposto.

4) Teto: O teto define o espaço da vitrine em relação a sua altura. Pode ser usado como suporte de materiais de decoração. Os produtos não podem ficar expostos no teto para não causar desconforto ao cliente (levantando a cabeça), a não ser em casos em que os produtos que são vendidos servem para ser utilizados no teto, como, por exemplo, luminárias. Os tipos de teto podem ser:

  • Liso – pode ser de gesso ou madeira.
  • Gradeado – esconde os focos de luz. Exemplo: colmeia, veneziana, treliça etc.
  • Translúcido – proporciona iluminação difusa, pois esconde a iluminação em placas de acrílico, de policarbonato ou de outros materiais.
  • Inexistente – o teto da própria loja é o mesmo da vitrine, não existindo distinção.

DICA: No caso de produtos pequenos como em joalheria, ótica, relojoaria, loja de bijuterias etc., trabalhar com tetos baixos, porém com boa circulação de ar. As lâmpadas devem estar escondidas do foco do cliente. Com produtos maiores, como em loja de confecção, de móveis, de decoração etc., trabalhar com tetos altos, de preferência na cor clara. Os tetos podem variar na altura conforme a exposição dos produtos.

5) Vidro: O vidro serve para isolar o cliente do produto, no caso de vitrines frontais. Ele pode fazer parte da decoração, desde que sua utilização não impeça a visualização dos produtos e não cause poluição visual na vitrine em questão.

O desenho, a frase, a palavra ou qualquer elemento de decoração colocado no vidro deve fazer parte de um tema (uma história), de preferência relacionado a uma data especial ou ao próprio produto. Podem ser usados: forrações, plotagens, adesivos, elementos afixados e displays de vidro.

Em algumas situações, o lojista esconde o produto fechando a visualização do vidro. Contudo, isso só poderá ocorrer em casos de vitrines com liquidações. Em alguns tipos de vitrine estudados, o vidro não faz parte da estrutura. É o caso da vitrine corredor, central ou ilha, gôndola e display.

https://www.facebook.com/profigestao

Julio Cesar S Santos
Professor JULIOhttps://profigestaoblog.wordpress.com/
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial, especialista em Marketing Estratégico

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