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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Parabéns papai pelos seus 50 anos de vida

Meu pai nasceu em 1973 na Santa Casa de Resende, RJ. Numa madrugada fria de 23 de janeiro. Sua mãe, Luzia Cruz veio do Ceará a trabalho como babá em Resende e, conheceu um mineiro por quem se apaixonou perdidamente, Vicente de Paula Ramos. Desse amor imensurável e imbatível, nasceu meu pai, Paulo César da Silva Ramos, meu tio Luciano da Silva Ramos e minha tia, Cristiane da Silva Ramos.

Minha avó cearense, Luzia, faleceu quando meu pai completou seus 15 anos de idade. Segundo meu pai, ela faleceu por cutucar uma pinta que tinha no rosto, o que gerou uma inflamação e sem cuidar, acabou adoecendo!

Por profissão, meu avô Vicente era carpinteiro, ele criou meu pai e seus outros filhos sozinho em Resende, RJ.

Ao longo da vida, meu avô mineiro raiz, que tive a honra de conhecer, conheceu uma certa Tereza, por quem se apaixonou perdidamente. Também tive a honra de conhecer a avó Teresa, uma pessoa querida e iluminada por Deus! Conheci ela na véspera da morte do meu avô, quando eu e meu pai fomos a Resende visitar o avô que estava doente. A avó Teresa era uma pessoa muito religiosa, de hora em hora, ela andava de olhos fechados pela casa rezando o terço do Rosário.

O vô Vicente morreu e, me recordo que soube dessa notícia saindo da escola, quando minha mãe me falou. Cheguei em casa, o pai estava diante uma vela acessa rezando pela alma do meu avô. Eu também, fiquei diante a vela e rezei pela alma do meu avô que tanto admirava como pessoa e pela sua história de vida! Passados os anos, minha avó Teresa também veio a falecer!

Eu tive uma infância e uma juventude muito difíceis. O pai foi ausente na minha vida, e quando estava presente, era o mesmo que estar ausente. Mas, sempre me encantei pelo papai. Tinha por ele, um amor profundo e imensurável! O pai era contador de história, contava uma história mais linda que a outra: a história da sua mãe quando veio do Ceará a Resende com uma família muito rica para trabalhar como babá; do seu pai e suas inesquecíveis histórias em Minas Gerais; do encontro dele com minha mãe em 1996, saindo da escola Getúlio Vargas, ouvindo Claudinho Buchecha; das suas viagens pelo Brasil todo como ajudante geral das firmas que trabalhou. O pai também era poeta, escrevia poesia na juventude e enviava para as garotas do seu bairro e, principalmente, para a minha mãe!

Tenho comigo as primeiras cartas que meu pai escreveu para minha mãe. O pai também cantava, adorava cantar um pagode antigo, tomar cerveja e namorar nas esquinas da vida. O pai tem uma letra bonita, tão bonita que é difícil entender. O pai é bom na cozinha, faz cada comida mais gostosa que a outra, entre seus pratos, os meus preferidos são: macarronada ao alho e óleo; angu com molho de carne moída; feijão temperado; farofa de ovo e bolinho de sal com salsicha.

O pai terminou com minha mãe, e voltou pra sua casa de infância em Resende. Quando minha mãe soube da sua enfermidade, ela voltou pra buscar ele e cuidar dele, até ele se recuperar!

O pai retornou ano passado, e eu estava longe, não pude me despedir dele. Hoje, estou mais longe ainda, sem data prevista de retorno para rever minha família, meus amigos e, principalmente meu velho pai que hoje completa cinquenta anos de vida.

Ao meu pai, desejo vida longa, para me ver como sacerdócio nas igrejas católicas por esse mundo afora. Ao meu pai, desejo vida plena e muitas bençãos!

Autor:

Lucas Dolher ?

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