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terça-feira, 23 de julho de 2024

ESG no Brasil e seus pontos invisíveis

Com o fim da COP 27, questões ambientais terão poucas conquistas enquanto mercado não souber educar pessoas

São Paulo, janeiro de 2023 – Passada a COP 27, o evento ficou marcado por alguns pequenos avanços e muita estagnação na decisão final da Conferência Climática,  porém, o interesse público sobre ESG cresceu 9,4 vezes entre 2019 e 2022, conforme dados do Google Trends no Brasil. Na prática, o que isso significa? Existe um enorme ponto cego que poucas organizações estão abordando: o lidar com gente. 

“É a qualidade das pessoas de uma organização que irá influenciar a qualidade das práticas e, consequentemente, dos resultados dessa organização. O ponto cego das organizações na Agenda ESG é justamente a qualidade da atenção, intenção e ação do grupo que opera o sistema”, afirma Pedro Paro, CEO e fundador da Humanizadas, empresa de avaliação multistakeholder em ESG com uso de Inteligência de Dados que visa beneficiar pessoas, sociedade e planeta. 

Para ele, falta o olhar para as pessoas, afinal, os fatores como liderança e cultura têm relação direta no desempenho e impacto de questões ambientais, sociais e de governança – bem como o financeiro. Ou seja, falamos muito sobre ações de meio ambiente, mas ainda “educamos” pouco as lideranças que estão dentro da empresas, sobre comportamentos e habilidades necessárias que junto de uma cultura organizacional são fatores críticos de sucesso na qualidade de práticas ESG. 

Isso se deve, principalmente, pela dificuldade de mensuração dos resultados em uma visão de longo prazo e da conexão com diversos temas transversais e múltiplos atores que se relacionam com essas organizações. Requer, portanto, um exercício de saber olhar para si, questionar crenças, assumir responsabilidades, saber ouvir e se propor a reflexões. São soluções ainda desconhecidas ou incertas do ponto de vista do negócio, porém, já chamam a atenção do mercado. De acordo com a Humanizadas, empresas que se preocupam com os multistakeholders têm um resultado financeiro 4,81x superior no médio/longo prazo.

Mas poucas empresas estão sabendo, de fato, o que e como fazer. No entanto, o interesse cresceu por causa do outro lado da balança: o “público” tem o poder de escolha – se querem consumir de organizações que levem a sério a agenda ESG; bem como seus parceiros e stakeholders dizem quais empresas prosperam ou não no mercado; e o colaborador de onde quer ou não trabalhar. 

Ratings ganham espaço e viram luz no fim do túnel para mensuração e ação

Compreender o estágio de maturidade dos negócios em relação à agenda ESG não é tarefa simples, mas é possível reconhecer os principais temas relacionados à sustentabilidade nos ratings consagrados do mercado. Esses ratings trazem um viés de avaliação financeira sob a ótica ESG e de riscos, além da matriz de materialidade – que identifica os temas relevantes para  organização e seus parceiros – e, por isso, ganharam espaço unindo informação, desde como começar e para onde ir, até garantir o retorno de engajamento e também financeiro dos negócios.

A Humanizadas, por exemplo, é a única empresa de rating brasileiro que traz em sua essência o pilar da cultura e da liderança unido aos demais, permitindo assim ter um real entendimento do nível de consciência dentro da organização. Com metodologia aplicável a qualquer negócio, do pequeno ao grande porte, e abordagem sistêmica, é possível avaliar o estágio de maturidade considerando a perspectiva de múltiplos stakeholders, colaboradores, clientes, parceiros, investidores e sociedade. 

“Os ratings mostram os comportamentos que precisam ser ajustados, mudados ou desenvolvidos. Qual o papel da sua empresa enquanto parte da sociedade? Que valor estamos querendo compartilhar? Quais são os aprendizados, mudanças ou inovações necessárias para impulsionar essa cultura? E quais habilidades a minha liderança precisa ter para influenciar pessoas de forma consistente e positiva?”, exemplifica Paro. 

Assim, os ratings focados em ESG também realizam uma comparação dos impactos do quanto o negócio conseguirá crescer frente ao mercado atual, garantindo a prosperidade econômica e a sustentabilidade para pessoas e planeta.   

Sobre a Humanizadas

A Humanizadas é a primeira empresa brasileira de avaliação multistakeholder em ESG orientada à Inteligência de Dados. Com a pesquisa “Melhores Para o Brasil”, analisando organizações em quatro pilares institucionais – reputação, princípios de gestão, cultura e narrativas -, alinhada ao Capitalismo de Stakeholders, a Humanizadas tem como objetivo combater o greenwashing. A empresa auxilia no processo de prosperidade econômica no país, mitigando crises ambientais e de governança, além de diminuir a desigualdade social, ao mesmo tempo em que constrói reputação de marcas, cultura organizacional, princípios e valores.

Autor:

Adriano Silva

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