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terça-feira, 3 de setembro de 2024

Apenas não queremos nos sentir sozinhos, mesmo que acompanhados.

No fim, só queremos uma companhia mesmo que virtual. Que faça nossas bobagens fazerem sentido, que ria das nossas piadas sem graça e escute o quanto amamos aquela música que já ouvimos bilhões de vezes. E como é bom sentir o cheiro das folhas amareladas daquele livro antigo sem nem saber explicar o porquê.

Queremos que alguém admire nosso lado bobo e nosso sorriso sem jeito. E dê atenção aos nossos sonhos impossíveis perante aos olhos dos mais pessimistas que existem em cada pontinho do universo. Por um instante não queremos beijos ou sexo ardente, mas sim, um alguém que saiba nos escutar e dar sentido para todas as baboseiras que dizemos.

Que nos surpreenda com um elogio de dentro para fora, sabe? Questão de alma, não apenas físico. Não desejamos julgamentos, queremos sentir um acalento através de uma conversa que contempla o dia e a noite. Acredito que somos carentes de fala e ouvidos, de um “Bom dia” e “Boa noite” acompanhado daquele emoji de florzinha.

Queremos curiosos que nos façam perguntas, que queiram descobrir nosso segredo mais obscuro, nosso gosto mais esquisito ou nosso fetiche mais secreto. Estamos cansados de só fazer perguntas e ter de volta apenas uma resposta curta e grossa sem interesse. Queremos ser a pesquisa de alguém, o sonho de alguém, a curiosidade de alguém. Almejamos ser o empecilho de “Boa noite” cheio de bocejos, só porque a conversa está gostosa demais para parar por aqui.

Acho que lá no fundo, só não queremos nos sentir sozinhos, mesmo que acompanhados.

Autora:

Juliana Sena. Redatora Publicitária – Escritora no blog: O Mundo de Ju Wix. Gosta de escrever crônicas sobre o seu mundo: onde tudo é possível e toda dor é sublimada. Siga seu trabalho nas redes sociais através do Instagram: @primaverapoetica

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