Desde a antiguidade, com vasto registro na literatura, as pessoas consideradas “elevadas” ganhavam identificação especial. Assim tivemos o aparecimento dos Reis. Tais pessoas, majoritariamente masculinas, buscavam associar o controle político de determinado território com a proteção e envio divino. Em alguns casos eram realmente tratados como uma divindade.
Faraó, Imperador, Rei e tantos outros títulos nobres foram utilizados por milênios no percurso da história humana nos quatro cantos do planeta. O título de Rei ainda é utilizado em alguns países, com maior ou menor poder nas decisões políticas.
Os “reis” acabaram sendo popularizados para a designação de pessoas com altas habilidades, com dons extraordinários em diversas áreas. Temos os Reis do Rock, do Pop, da música brasileira e, claro, do futebol.
Nosso Rei do futebol, o Rei Pelé, apesar de ter o domínio inigualável de um território, o campo de futebol, extrapolou sua influência para muitos outros territórios. Neste caso, o certo seria chamá-lo de Imperador, pois muitos outros reis o reverenciaram.
Por oito décadas tivemos sua presença entre nós. Se a morte eliminou a existência do corpo, a genialidade retoma a ideia antiga de divindade, logo é imortal.
O Rei Pelé conseguiu ser um monarca vitorioso no desempenho das batalhas esportivas, elevando o Brasil ao patamar mais alto do futebol com o tricampeonato mundial.
O Rei Pelé conseguiu ser um monarca que elevou o esporte na relação com o desenvolvimento social, econômico e político.
O Rei Pelé conseguiu ser um monarca gentil, humildade e disponível para o relacionamento com seus súditos.
De onde vem tanta fortaleza, tanto dinamismo? Nosso Rei do futebol nasceu em Três Corações, viveu com três corações, ofereceu três corações, ganhou três copas, mas atingiu incontáveis corações nascidos e atingirá incontáveis corações das novas gerações.
Obrigado Rei, obrigado genialidade, obrigado alegria, obrigado arte, obrigado Pelé!
Autor:
Manoel Júnior