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terça-feira, 27 de agosto de 2024

O buscador (5)

Sobre a felicidade

Como ser feliz? É um assunto interessante, desafiador e intrigante.

Muitos passam uma vida procurando essa resposta. E muitos jamais chegam a pensar sobre isso.

Aliás, nada mais natural do que um assunto ser mais atrativo para uns do que para outros. Mas esse especialmente, é algo que gosto muito, pois considero um desafio e uma busca dos seres humanos desde os seus primórdios.

Hoje, posso dizer que sinto falta de ter explorado um pouco mais e aprendido com uma tia, que era Down, e invariavelmente sempre dizia que estava feliz. Quando eu perguntava o motivo pelo qual ela estava feliz, me respondia: “Porque sim”. Não havia nenhum motivo em especial, apenas se dizia feliz. Apesar das dificuldades, ela não se preocupava em aquisições materiais; não buscava elogios, não buscava status ou conquistas. Gostava de pessoas por perto, e cada refeição era uma festa para ela. Enfim, encontrava felicidade nas coisas simples da vida. Mesmo tendo algumas expectativas (queria passear, dançar, ouvir músicas, comer coisas diferentes, vestir roupas novas); satisfazia-se com o que tinha à disposição. E assim dizia-se feliz.

Não estou julgando se isso é certo ou errado. Apenas estou descrevendo o que eu observava. E acredito que conheci algumas outras poucas pessoas, que não eram Down, mas também agiam exatamente dessa forma.

Enquanto isso, esse é um dilema para a humanidade.

Li sobre um estudo de Harvard sobre Felicidade, onde depois de muitas décadas de pesquisa, Robert Waldinger diz que a mensagem mais clara da mesma é que bons relacionamentos nos mantém mais felizes e saudáveis. Talvez não fossem necessários tantos anos para chegarmos a essa conclusão. Certamente bons relacionamentos na família, no trabalho, e na sociedade em geral, são muito importantes e uma forma de nos fortalecermos diante das vicissitudes da vida. Mas é uma conclusão que podemos evidenciar.

Lendo os ensinamentos de diversas tradições religiosas, de forma geral nos trazem a mensagem de que a felicidade é advinda de boas ações e intenções, e não devemos prejudicar os outros; o que considero algo inegável. Sempre que praticamos o bem sentimos algo muito especial dentro de nós.

Enfim, “Quanto mais eu sei, mais eu descubro que nada sei”, já dizia Sócrates.

Mas seriam essas algumas pequenas condições para a felicidade? Satisfazer-se com as coisas que estão disponíveis; manter bons relacionamentos; praticar boas ações; ter boas intenções, e não prejudicar os outros?

Essas pequenas condições não dependem de dinheiro, fama ou profissão.

Longe de mim querer decifrar essa “fórmula”, ou discorrer uma teoria nessas poucas linhas; mas que pena não aprendermos nem conversarmos sobre essas questões quando crianças; que pena isso não fazer parte do diálogo de famílias, de amigos, ou do currículo escolar.

É algo que vamos ponderando, aprendendo, filosofando e vivenciando no decorrer das nossas vidas.

Você se considera feliz?

Autor:

 Edivaldo Santin 

2 COMENTÁRIOS

    • Olá, Matheus
      Eu considero que tenho momentos de felicidade. A minha busca é manter um estado de satisfação mais permanente em todas as circustâncias; pois a vida nos traz situações que exigem um pouco mais e nos desafiam. E pelo menos para mim, não é tão fácil trabalhar nessa perspectiva. Mas tenho tentado!
      Abraço

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