História de hoje: Eu, professora, eu estudante.
Durante a pandemia, fomos obrigados a retornar as salas de aula,
Quando entendemos que podíamos controlar a tal covi-19,
Mais tarde, porém descobriríamos que esse controle era ilusório,
Pois contaminados por essa doença incerta nós fomos,
E o controle ilusório, virou a doença definitiva.
No entanto, chegamos alegres e sorridentes a sala de aula;
Pensando na alegria do reencontro
Alegria da iminente interação social e das brincadeiras
Mas eis que as brincadeiras não eram mais possíveis
A interação não mais acontecia, pois, a distância nos impedia
E o diálogo? O diálogo também não era mais possível
Pois a tal da máscara também impedia a clareza da voz
Mas, de repente, a tristeza nos tornou infelizes
E nessa infelicidade
Somente as lembranças de outrora nos impelia
A nos manter com uma certa proximidade
Nem muito perto, nem muito longe
Mas, ora, eis que de repente a sala se iluminou
E o que parecia uma noite fria
Transformou-se em dia quente e ensolarado,
Aquela solidão escura de repente transformou-se em possibilidades brilhantes como estrelas
Possibilidades no brilho da alegria e do reencontro
E Eis que um sentimento de felicidade nos invadiu
Foi, pois, aquela que durante muito tempo, víamos
E ouvíamos pelos monitores da TV e/ou dos computadores ou pela tela dos celulares
Aquela que durante muito tempo queríamos estar frente a frente,
Ouvindo seus ensinamentos e ensinando a ela também
Pois aquele ser de luz era nossa mestra, a professora.
E foi assim que me senti no papel de estudante
E tenho certeza que meus alunos, assim também o sentiram.
Magnólia. Administradora, pedagoga, professora, aluna.
Autora:
Eliane Alves Luz Magnoler
