Mares que navegamos sob a intensidade da luz solar que bronzeia as peles neste barco a navegar, movido pelo respiro de respirar a intensa brisa do mar ao som das ondas a quebrar, neste corpo de barco a navegar entre ventos a leste, a despentear cabelos a luz solar, ventos úmidos que pranteiam de alegria as faces a jorrar umidade e o calor solar, mares a navegar.
Abrir pela manhã as janelas do meu cantar, respirar o ar das serras do mar. Sentir na pele o vento, o gotejar do mar, a brisa a falar e sussurrar nos ouvidos de quem está a escutar.
0 choro e o lembrar das águas do mar. Deixo vento entrar e uivar nos lustres pelo ar, e o meu amor a caminhar pelas dunas e restingas, levo as duas mãos a testa e reclamo da beleza sentida. Por um instante deixei de fotografar as paisagens que vislumbrei com o olhar de uma máquina, para fotografar a mesma paisagem com o olhar da alma.

Autor:
Antonio Raimundo Dias Dos Santos