Etnografia é um método de pesquisa antropológica, que é baseada na convivência intensa e prolongada com a cultura e o comportamento de um certo grupo, através da imersão e registro de experiencias e informações honestas e claras da constituição tribal e delinear as leis e os padrões de todos os fenômenos culturais, isolando-os de fatos irrelevantes. Para Franz Boas, o pai da antropologia americana, para de fato compreender a cultura do outro, precisamos nos apropriar dos valores e dos sentidos que o grupo estudado dá para suas práticas culturais, utilizando dos seus próprios termos, se desvinculando dos parâmetros eurocêntricos da cultura.
Através da observação participante o objetivo é compreender o outro, a suas práticas e rituais, já que cada cultura tem sua própria evolução. Derruba também a ideia de hierarquia, que uma cultura é melhor que a outra, porque dependendo dos processos históricos, cada cultura vai seguir um caminho diferente de desenvolvimento. A alteridade de uma cultura só é reconhecida quando alguém se integra a uma cultura diferente. A pesquisa etnográfica amplia as multiculturalidades e foi o que possibilitou a virada cultural na arte contemporânea. A ruptura do passado, do tradicionalismo e a afirmação do concreto, das linguagens e dos procedimentos inventados pela arte moderna.
A partir dos anos 60, abordagens antropológicas é a identificação e compreensão da alteridade, o outro. Comunicando-se com a própria linguagem do nativo o objetivo de realizar estes estudos resultam numa grande quantidade de informação, através de anotações, apontamentos, gravações de áudio e vídeo e um conjunto de objetos que fazem parte das culturas, que deverá ser gerida com toda a atenção para que a sua análise e processamento não interfira de forma negativa na comunidade. Nesse ponto que a antropologia se desloca para os movimentos sociais na luta contra as opressões e direitos humanos, dá a oportunidade de nativos contarem as suas próprias histórias sem o intermédio nem interferência. Disponibilizando assim um relato autêntico e verdadeiro daquele grupo pesquisado
Durante muito tempo viajantes e estudiosos durante expedições ao brasil, por exemplo, fizeram vários relatos de povos ‘’primitivos, selvagens e sem alma’’. Essas concepções se deram devido à falta de imersão nas comunidades indígenas e na sua cultura. A descrição crua do que simplesmente viu, nenhum deles tiveram a oportunidade de descrever suas práticas detalhadamente. Essa exclusão social foi protagonista de toda a elitização dos séculos XX e o colonialismo dos séculos XV E XVI. O lugar de fala na antropologia prioriza a fala de quem pertence ao grupo pesquisado.
Referencias
FIGUEIRA, Kamila, Relativismo Etnografia Alteridade / Franz Boas e Bronis?aw Malinowski
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Nn0cGqzvsck
Acesso em: 12/novembro/2022
WIKIPÉDIA, Etnografia
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Etnografia
Acesso em: 12/novembro/2022
INFO, escola, Lugar de fala
Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/lugar-de-fala/
Acesso em: 12/novembro/2022
Autora:
Roberta Silva
