Para especialista, medida contribuiria para redução do endividamento entre os jovens
Cada vez mais a educação financeira entra na rotina dos jovens, otimizando gastos e viabilizando planos para o futuro. Segundo dados do Serasa, 85% dos pais e mães brasileiros ensinam aos filhos sobre a importância de uma vida financeira saudável e 68% consideram a escola fundamental para que as crianças aprendam melhor sobre o tema.
Outra pesquisa, realizada em parceria pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Abefin (Associação Brasileira dos Educadores Financeiros) e Instituto Axxus, aponta que 81% dos alunos que têm educação financeira fazem fundos de reserva, gastando parte do que recebem e guardando o restante.
Para o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, “é necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada na nossa sociedade. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor”.
A educação financeira já faz parte da grade curricular de algumas escolas, mas o número ainda é bastante reduzido. De acordo com estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), apenas 21% das pessoas tiveram educação financeira até os 12 anos de idade.
Outro levantamento, realizado pelo SPC Brasil, mostra que 47% dos jovens com idade entre 18 e 30 anos não fazem controle dos gastos, sendo que 65% contribuem financeiramente para o sustento da casa.
“Hoje encontramos muitos jovens se endividando por conta da falta de consciência financeira. As escolas são capazes de prevenir esse problema, ajudando os estudantes a terem condições de se manterem financeiramente, controlando os gastos por impulso”, conclui Lamounier.
Autora:
Daniele Ferreira
Estudos financeiros devem ser aprendidos desde cedo, e tanto as escolas quanto os pais devem estar envolvidos nesse processo.