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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Querido leitor, a frase que mais escuto em relação às eleições é – como podem votar nele?

A mesma frase, serve para os dois políticos corruptos, os dois homens que possuem discursos manipuladores, a partir de uma sociedade machista, patriarcal e hipócrita.

Existem semelhanças entre eles, mas são as diferenças que vão definir quem ganhará as eleições.

Bolsonaro representa uma parte da sociedade, aquela que por anos foi aceitável, ele lembra o nosso tio pedófilo, o nosso pai violento, o religioso preconceituoso homofobico, os pavios curtos que não conseguem conter a sua agressividade e que parecem uns verdadeiros pitbulls de briga, aquelas pessoas mais velhas ignorantes que não conseguem ouvir outro ponto de vista sem discutir, aqueles que possuem autoridade e defendem seus filhos que estupram, que cometem crimes, mas que são absorvidos por conta do poder.

O discurso da arma, para um país que se encontra no meio de tanta violência, do medo e do desespero de não saber se vai voltar para casa vivo, é uma forma daquele que possuem mais condições financeiras, acreditarem que são capaz de se defenderem dos “vagabundos”, os muros altos não são mais suficientes.

A economia, não entendo nada, mas não consigo entender, como Brasil que é um dos maiores produtores de café, e o mesmo está custando 25 reais. A pobreza grita em todos os lugares, a fome voltou a ser um problema internacional. E isso, é fator que vem por conta da pandemia e sua má gestão.

Sem contar, o quanto que sofremos por falta de conhecimento e de empatia, desse presidente Bolsonaro em frente à pandemia. Os estudos já estavam mostrando o caos, mas ele acreditou na cloroquina, e assim, morreram tantas pessoas por conta de um tratamento ineficaz. Sem contar, as mudanças de ministros, o não fique em casa, se quiser não tome vacina, já que você pode virar jacaré.

Ele não – respeita o seu povo.

Mas, ele representa uma boa parte das pessoas que ainda possuem um discurso identificado. E isso, é o nosso povo brasileiro, isso faz parte da nossa história, não dá para negar, sempre fomos oprimidos por esses tipos de autoridades.

O negro, o pobre, a minoria, os lgtbqia+ – nunca tiveram oportunidades, mas quem sabe, se colocarmos cotas, eles conseguem entrar na universidade. O capitalismo precisa de um povo que aceita o inaceitável, se não a tiazinha não vai mais trabalhar para aquela família. E o rico não terá mais tanto privilégio.

Estamos lutando, movimentos sociais desde sempre, Karl Marx já dizia – precisamos encontrar o novo. O burguês não pode continuar usufruindo da alienação e reprimindo o oprimido, precisamos ter direitos e uma vida digna. Acordem! vocês estão dormindo e eles estão sorrindo, vivendo às custas do trabalho de vocês.

E isso, reverbera até hoje na nossa atual sociedade brasileira, continuamos alienados, sendo palhaços daqueles que possuem poder. O discurso perverso, é a identificação com aquele lado que tentamos esconder, mas que surgiu a partir da autorização de uma presidente que vomita o ódio contra o seu próprio povo.

Votar no Bolsonaro é votar contra o povo, contra a vida, contra a liberdade, contra tudo aquilo que passamos anos e continuaremos lutando – por uma sociedade mais livre do machismo, patriarcal, do ódio camuflado em opinião e o ódio contra aqueles que estão lá no morro, que são chamados de “vagabundos”.

Precisamos ser a favor, de uma vida um pouco mais digna, onde o negro, o gay, as mulheres, as crianças, os homens – todos eles possam sair do armário e serem o que desejarem, e terem seus direitos garantidos dentro de uma universidade e de uma cidade que respeita o outro.

Bolsonaro não é um presidente, ele é apenas uma versão de nós – que precisamos acabar para ir atrás do novo.

E claro, o Lula não ajuda muito, por conta do seu histórico, mas a sua potência de liderança fez história. E se, é ele que está ali – É NELE QUE VOTAMOS – para a partir dele uma nova chance de se movimentar em busca de liberdade e dignidade – pois todos merecem uma oportunidade.

A tiazinha, o filho do pedreiro, o negro que é confundido com bandido, as meninas de 14 anos que são assediadas por serem bonitinhas, os gays que querem demostrar seu amor livremente, mulheres que não querem mais ser uma piada nacional, os homens que querem sua sensibilidade e não ter que ser o macho alfa, mulheres que desejam abortar, pobres que querem estudar – mas que precisam trabalhar para colocar comida na mesa.

Todos, nós, incluindo os privilegiados, precisamos dar oportunidade para todos nós sermos vistos e termos uma vida digna. Quem sabe, com políticas públicas eficazes, não precisamos mais ficar nos justificando por não ajudar aquele senhor que pede dinheiro no sinal.

Quem sabe, podemos ter uma sociedade melhor, onde todos possuam liberdade de expressão e que ninguém precise agredir o irmão por conta de duas representações que não vão, de fato, trazer a solução. Mas, por conta de tudo que Bolsonaro trás de autorização, precisamos pôr um fim – pois é isso que queremos – o fim e o recomeço de uma nova nação.

Não se esqueça, o seu voto importa – como a – sua vida importa.

Autora:

Samanta Botelho Kons 

3 COMENTÁRIOS

  1. Quer falar de liberdade? Em um momento onde seu candidato está bloqueando perfis, entrando com milhares de pedidos para que o lado oposto se cale, para que o bolsonarista não possa nem mesmo sair com seu carro porque tem um adesivo alusivo ao Bolsonaro. Isso é liberdade para você?? E seu o lula tirou todos da pobreza, porque tem tantos pobres? Você acha que depois de tantos anos que o pt teve para mudar o Brasil e não fez muito, é agora que vai mudar? Acorda!!!!! Saia da sua bolha!

  2. Um pouco de empatia já ajudaria muito a definir o voto. Mas está difícil com tanta gente olhando o próprio umbigo e se iludindo, não percebem que as questões de segurança pública e a violência estão diretamente ligadas com a indústria armamentista. E é óbvio que violência, insegurança, caos são um prato cheio para um governo que apoia a liberação de armas, ou seja, a violência não vai ter fim.

    Muito boa reflexão!

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