Celma Alves
Quer que eu “faço”?
Você pode não acreditar, mas, pasmem, essa situação de comunicação ocorre em algumas regiões de nosso país sim! É muito difícil explicar tal ocorrência ou como surgiu. E quem não está em dia com o estudo da gramática, talvez não tenha percepção do fato.
Muitos falantes fazem confusão entre os modos verbais indicativo e subjuntivo como:
“Quer que eu “faço”?
“você quer que eu vou?”
“Você quer que eu leio?”
“Ele não quer que eu saio“.
Tentemos entender essa troca tão comum na fala e que ferem meus ouvidos. O modo indicativo do verbo exprime certeza da ação, enquanto o modo subjuntivo traz a incerteza. Então, quando utilizam a locução pronominal indefinida “quer que”, a qual pressupõe ação futura, mas o falante tem a certeza de realizá-la, preferem usar a primeira pessoa do singular do presente do indicativo, por exemplo, “Quer que eu faço”.
Temos de ter cuidado com nossa fala, pois é nosso cartão de visita também. Somos um texto em movimento: analisados e julgados o tempo todo, mesmo que de forma não intencional. E para não errar mais? É só treinar:
Quer que eu faça?
Quer que eu vá?
Quer que eu leia?
Ele não quer que eu saia.
Se você não conhecia esse fenômeno, agora reforça seu conhecimento verbal, não é?
A Língua Portuguesa agradece e eu também!
CELMA ALVES
foi mt bom, essa prof sabe mt
foi mt bom, essa prof sabe mt. ela é a minha prof de literaturaaaaaa