Nem Lula, nem Bolsonaro. Mas Bolsonaro é a encarnação do demônio no Brasil.
Autocrata; antidemocrático; responsável pela morte de muita gente na pandemia; segundo Lula: amigo de miliciano; truculento contra a imprensa; não tem respeito à liturgia do cargo que exerce; mal-educado; desbocado; faz ironia com os povos nordestinos; conspirou contra a Pátria ao desafiar Poderes, na Esplanada, em ato pró-intervenção militar no Congresso, STF e governadores; até hoje achincalha ministros do STF e TSE; põe em dúvida a lisura do sistema eleitoral eletrônico nacional, onde jamais foi constada nenhuma irregularidade.
Ambos os candidatos carregam características negativas. Lula é acusado de corrupção. Bolsonaro também: MEC, onde barra de ouro fazia parte de propina negociada por pastores; Covaxin, vacina indiana negociada por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciada pelo próprio fabricante; Bolsonaro, que afirmou ir combater a corrupção, trouxe o Centrão corrupto para dentro do governo; Bolsonaro interfere de forma inequívoca para que a suspeita de corrupção de seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas rachadinhas da Alerj, não fosse apurada; Bolsonaro até hoje não justificou como a sua família adquiriu 51 imóveis pagos parcial ou totalmente em dinheiro vivo.
A propósito, o país está perplexo com a atitude psicopata do amigo de Jair Bolsonaro, ex-deputado Roberto Jefferson, que de forma tresloucada, igualzinho ao comportamento do presidente da República, se rebelou contra ordem judicial, causando toda a cena deplorável, já de conhecimento do país.
Trata-se da escola Bolsonaro impregnada em Roberto Jefferson. E agora Bolsonaro, para minimizar o estrago de sua permanência no Planalto, tenta se desvincular de seu pupilo, fazendo-lhe “críticas”. Mas a verdade é que Roberto Jefferson expôs duas mazelas de Bolsonaro: abuso de armas e controle da Polícia Federal.
Autor:
Júlio César Cardoso. Servidor federal aposentado – Balneário Camboriú-SC