É preciso evocar o passado para responder o presente. As eleições presidenciais no Brasil não difere de outros países afora. O intuito é eleger um único indivíduo que represente uma nação por um período de quatro anos, podendo ser reeleito por mais quatro. A princípio não é coincidência que famílias querem se perpetuar no poder, passando a faixa política de pai para ?lho, de tio para sobrinho ou até mesmo de avô para neto.
Jair Bolsonaro não é um nome novo na política, sua multidão de seguidores vem modernizando-se e crescendo a cada dia. Na política é “normal” existirem pessoas que tenham a ?gura de “pai da nação”, ou seja, é uma forma de se associar ao agraciado . Esses políticos prometem restaurar o conservadorismo e o nacionalismo do país. Gerando aplausos por algumas instituições religiosas e pelo exército brasileiro.
No livro “ Sobre o autoritarismo brasileiro”, a autora expõe sua seguinte fala: “Joga para plateia, ?ar-se em discursos que prometem mais do que pode realizar, signi?ca criar terreno fértil para que práticas ilícitas continuem a ?orescer (SCHWARCZ,2019). Bolsonaro assim como outros políticos, carregam em suas falas soluções mágicas para acabar com os problemas estruturais existentes nesse país. Mas quem promete muito, acaba não cumprindo nada.
De fato, Bolsonaro conseguiu ganhar a nação, apenas com uma proposta e não muito satisfatória, a bala, bala essa que engaja em corpos negros e perifericos no Brasil, a bala que mata, fere e causa idignação. Porém quem promete bala como solução, acaba realizando demagogia.
Segurança não deve ser apenas o único problema desse território, educação e saúde de qualidade devem também entrar em discursos de candidatos, pois têm o papel de garantir e de cumprir a Constituição de 1988 nela garante direitos para todos os cidadãos; brasileiros e naturalizados.
No ano de 2018, em sua campanha eleitoral, o presidente atual do Brasil em viagem ao estado do Acre, diz o seguinte: “Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre” seria uma forma de ganhar a disputa eleitoral ou de causar medo aos outros eleitores? Pois, Bolsonaro ainda continua com as mesmas práticas, práticas autoritárias e criminosas. Mas sem dúvidas, ele acordou o ódio contra partidos e pessoas que não o apoiam.
Não é, e nem seria de se surpreender que Jair Bolsonaro usará nessa eleição a mídia ao seu favor como fez em 2018. Sem nenhuma participação ampla em entrevistas e debates. Bolsonaro utilizou as redes sociais para ser eleito, algo que nunca foi utilizado por nenhum outro político ao redor do mundo.
Na segunda-feira, 22 de agosto, a rede Globo iniciou as entrevistas com candidatos à presidência da república. Bolsonaro foi o primeiro a ser entrevistado pelos renomados âncoras do Jornal Nacional, a apresentadora Renata Vasconcellos e o apresentador William Bonner.
A dupla de apresentadores fez questionamentos sobre o comportamento do presidente no combate à pandemia e da omissão de um chefe de estado para resolver a falta de cilindros de oxigênio em Manaus, Amazonas. Assim como qualquer outro governo, Bolsonaro quis fugir dos questionamento para sair bem na ?ta.
Fora dos estúdios da Globo, a entrevista chegava a milhares de lares, sendo assistido por apoiadores e não apoiadores, dando uma grande visibilidade ao candidato. Alguns indivíduos assistiam pela ideologia que Bolsonaro apregoa enquanto representante de um povo . E outros pelos questionamentos dos jornalistas, mostrando a objetividade, a busca da verdade em suas falas. E sem dúvidas, mostrando a realidade como ela é.
REFERÊNCIAS:
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro. Editora Companhia das Letras, 2019.
Autor:
José Bores de Araújo Júnior