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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Visita ao batalhão da rota rondas ostensivas Tobias de Aguiar

Amigo que lá fizemos Cabo Roberto nos apresentou o batalhão que por sinal e um centro histórico muito bacana lá esta a historia do brasil muito bacana aqui nossos agradecimentos a todos policiais da Rota e todos que trabalham neste batalhão nossa honrosa policia que e a elite das policias militar do estado de são Paulo Visitantes KLEBER NEIVA ,EDUARDA NEIVA E OCIONE.

Em 1970, o 1º Batalhão “Tobias de Aguiar”, foi convertido nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), para cumprir função de Ronda Bancária contra os assaltos a banco da guerrilha. Era constituído por equipes motorizadas de quatro homens com armamento pesado.
Uma das principais atribuições da ROTA, desde seu surgimento, é o apoio as Rádio Patrulhas, ao Policiamento de Área. A ROTA não é autônoma, ela sempre trabalhou integrada as demais unidades da Polícia Militar do Estado de São Paulo, apesar do péssimo comportamento de alguns de seus integrantes, de tentarem criar animosidades, se imaginando “superiores” aos demais policiais. O objetivo da ROTA não é “aparecer” ou “tomar ocorrências” dos outros, mas de apoiar, sempre que for necessário, os patrulheiros dos batalhões de policiamento de área.

Uma das características da ROTA, que não é tão vista, ou percebida, por quem não a conhece mais de perto, já estava presente em 1970.  O uso da atividade de inteligência, intimamente ligada ao planejamento. O levantamento de informações, utilizando as mais diferentes fontes, identificando criminosos, seus modos de operação e os locais onde estes atuavam e se encontravam, subsidiava o planejamento dos locais e horários, onde a ROTA iria atuar. Este é um dos diferenciais, que é mantido até os dias de hoje.

Este Plano de Execução para a Ronda Ostensiva “Tobias de Aguiar”- ROTA, de 27 de janeiro de 1970, foi encaminhado ao Comandante Geral da Polícia Militar, para aprovação. Em 9 de março de 1970, A Ordem nº24-210.Op, do Chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Estado de São Paulo, assinada pelo Coronel Altino Magno Fernandes (que havia sido Comandante do Batalhão “Tobias de Aguiar”, até alguns meses antes), continha o seguinte texto:

“De ordem do Exmo, Sr. Cmt Geral, essa Unidade deverá, a partir de 12 do corrente, 5ªfeira, dar início ao sistema de policiamento apresentado ao Estado Maior, utilizando-se das viaturas de que dispuser de momento. Manter o Estado Maior informado do resultado das ações.”

Mas, se como vimos, já existia um planejamento para a execução do patrulhamento chamado oficialmente de Ronda Ostensiva “Tobias de Aguiar” – ROTA, em 27 de janeiro de 1970 e uma autorização do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, para que a ROTA começasse  a operar, a partir do dia 12 de março de 1970, por que comemoramos o aniversário da ROTA em 15 de outubro? Infelizmente, os acontecimentos em abril de 1970 influenciaram isso.
A guerrilha do Vale do Ribeira.
Os movimentos subversivos no Brasil, além dos atentados a bomba, sequestros e roubos a banco, na área urbana, pretendiam implantar focos de guerrilha rural, seguindo o exemplo de movimentos revolucionários marxistas, como na China e em Cuba. Já no final de 1969, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), após reunir armas, roubadas do Exército Brasileiro e de ter conseguido uma boa soma em dinheiro, com os roubos a banco, resolveu começar a treinar seus “quadros”, em técnicas de guerrilha rural, em uma área de treinamento, além de tentar estabelecer uma base de operações segura, longe dos grandes centros urbanos (Telhada,2011).

A região escolhida pela VPR, foi uma área a cerca de 190 km da cidade de São Paulo, perto da cidade de Registro, em uma região conhecida como Vale do Rio Ribeira. É uma região, muito carente e esparsamente habitada, até os dias de hoje, pois se encontra entre o litoral de São Paulo e o Rio Ribeira, em plena serra do mar, com muita vegetação e topografia íngreme.

A VPR escolheu, para chefiar este centro de treinamento, o ex-capitão, desertor do Exército Brasileiro, Carlos Lamarca, que chegou à região em novembro de 1969. Em um pequeno sítio da região, cerca de 17 guerrilheiros se reuniram para os treinamentos.

Em 18 de abril de 1970, um dos guerrilheiros, que havia ajudado a organizar a área de treinamento, no Vale do Ribeira, foi preso no Rio de Janeiro, revelando a existência do local, mas não a localização exata dos guerrilheiros.

As forças do Exército começaram a vasculhar a área, fazendo algumas prisões. Alguns guerrilheiros conseguiram fugir da região, mas Lamarca e alguns outros, permaneceram escondidos na mata.

Assim, o 2ºExercito montou uma grande operação de busca, com efetivo do Exército, Força Aérea e Marinha, e da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Além do efetivo da região (7ªCompanhia Independente, em Registro), a PMESP reuniu efetivo de batalhões da capital, para enviar à região, entre eles, estavam homens do 1ºBatalhão Policial “Tobias de Aguiar”. E parte desse efetivo, pertencia à Ronda Ostensiva “Tobias de Aguiar” – ROTA (Telhada,2011).

Em 28 de abril, seguiu para a região do Vale do Ribeira, o efetivo do BTA, com um capitão, quatro tenentes e 80 praças. Alguns dias depois, outra tropa do BTA, seguiu para a região, em 1º de maio de 1970, sob o Comando do Capitão Carlos de Carvalho e dois pelotões, comandados por tenentes. Um deles era o 1ºTenente Dalmiro Gomes e outro, o 2ºTenente Alberto Mendes Junior.

Alberto Mendes Junior.
O Tenente Mendes Júnior, nasceu em 24 de maio de 1947, na cidade de São Paulo. Filho de Alberto Mendes e Dona Angelina Plácido Mendes. Ingressou na Força Pública, por concurso público, em 15 de fevereiro de 1965, no Curso Preparatório de Formação de Oficiais (CPFO), concluindo o Curso de Formação de Oficiais (CFO), em 21 de abril de 1969.

Em 02 de julho, de 1969, foi classificado no 15º Batalhão Policial, e após o estágio, como Aspirante a Oficial, foi promovido, por merecimento, em 15 de novembro de 1969. Foi apresentado no 1ºBatalhão Policial “Tobias de Aguiar”, em 6 de fevereiro de 1970, por conveniência do serviço. Trabalhou, efetivamente, como comandante de pelotão, na 2ªCompanhia de Policiamento Auxiliar, onde foi um dos Oficiais responsáveis pela implantação da Ronda Ostensiva “Tobias de Aguiar” – ROTA.

Autor:

Kleber Neiva

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