Uma semana antes da pandemia eu estava viajando com a minha família e fazendo diversos planos, incluindo a realização do meu maior sonho – ter um filho! Depois de uma semana estávamos em lockdown, e assim ficamos por praticamente dois anos.
Houve dias de muita frustração e de necessidade de me reinventar a todo o momento para transformar o meu negócio e a minha ideia de felicidade dentro do que era possível no novo normal.
Não foi fácil para ninguém, mas nos acostumamos a usar máscara, aos relacionamentos virtuais, ao home office… e até a viver em constante medo.
Quando começamos a acreditar que a economia, saúde e tantas áreas das nossas vidas iriam melhorar, estourou a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Dois países tão distantes de nós, e mesmo assim estamos sofrendo impactos diários aqui no Brasil. O preço dos alimentos e gasolina não me deixam mentir. Mas, mais do que a redução das perspectivas de crescimento econômico, a volta do medo e da sensação de impotência. É o questionamento sobre o mundo que estamos deixando para os nossos filhos. E sim, engravidei na pandemia e estou com uma filha de um ano, além de duas enteadas adolescentes que têm muitos sonhos e planos para o futuro.
O que fazer diante desse cenário? Como fazer uma limonada com esse monte de limões que, diferente de todo o resto, está vindo com tanta fartura?
Desde o nascimento dos millenials partir de 1980, vivemos uma mudança de paradigmas. Essa geração, que hoje ocupa a maior parte do mercado de trabalho no Brasil, inclusive muitos cargos de tomada de decisão, é conectada com propósito. É uma geração que fez com que as empresas se tornassem mais sustentáveis e dirigidas por valores.
O consumidor que exigiu isso do mercado e conseguiu transformações significativas em grandes corporações e na cultura de um mundo inteiro também é aquele que fala mais sobre política porque entende que ela afeta o nosso dia a dia. E principalmente, é aquele que busca um sentido para a sua vida.
Precisamos sentir que fazemos algo importante, por nós ou pelo mundo. E nesse ano podemos fazer isso de forma muito prática e eficiente, e não é apenas com o nosso voto.
Votar é extremamente importante, claro. Mas, gostaria de convidar o leitor a participar de forma mais ativa, ajudando na construção dos planos de governo para a saúde. A iniciativa “Voto Pela Saúde” permite que cada cidadão, por meio de um formulário online, envie sugestões do que deve ser trabalhado pelos governos na área da saúde.
A Colabore com o Futuro vai organizar as sugestões da sociedade em um único documento e enviar para os candidatos e partidos considerarem na hora de criar seus planos de governo.
Se quisermos ter voz nas decisões e, principalmente, no mundo que queremos para os nossos filhos, netos e bisnetos, precisamos compartilhar decisões. Então, deixo o convite para você acessar www.votopelasaude.com e participar desse projeto.
Autora:
Carolina Cohen – Especialista em Comunicação de Causas e cofundadora da Colabore com o Futuro
