Tomei conhecimento de matéria enviada por uma leitora que bem poderia dar um sopro de esperança, pelo exemplo, ao resto de nossos semelhantes, revelando-se uma porta passível de se abrir, abrindo a mente de governos sérios (difícil, sabemos) e pessoas conscientes.
Trata-se da realidade Suíça. Com apenas 8.800.000 habitantes exerce influência mundial na fabricação das marcas mais famosas de relógios e chocolates sendo, inclusive, reconhecida pelos famosos Bancos Suíços. É, também, referência em vários setores industriais como companhias farmacêuticas e possui um Sistema Único de Ensino. E como curiosidade: a Suiça é o único pais do mundo a ter uma bandeira quadrada e quatro idiomas: alemão, francês, italiano e romanche (falada por cerca de 35 mil pessoas no cantão (província) dos Grisões.
E é lá que existe um Programa gerido pelo Ministério de Seguridade Social chamado Banco de “Tempo”: trata-se de um conceito onde as pessoas fazem“economia de tempo”, cuidando de pessoas idosas enquanto mais jovens e – quando chegar a sua vez de receber cuidados próprios da idade – podem sacar suas “economias depositadas” no Banco.
Explico: os candidatos à integração no Sistema devem ser saudáveis, comunicativos e “cheios de amor”. As horas dedicadas, então, são “depositadas” em sua conta pessoal dentro do Sistema de Seguridade Social do governo. Depois de um ano de serviços prestados, o Banco calcula o total de horas trabalhadas no período e emite um “Cartão Personalizado do Banco de Tempo.”
Assim, mais à frente, quando chegar a sua vez de necessitar de cuidados especiais, a pessoa pode recorrer ao Banco e “sacar” o número de horas trabalhados inclusive os “juros” decorrentes, acredite. Sistema verificado e confirmado, o Banco de Tempo designará voluntários para cuidar dela – atente – no hospital ou em casa.
Note-se que durante todo o tempo em que estiver sob os cuidados de uma atendente, 24h por dia, a paciente receberá toda a atenção necessária inclusive tendo suas refeições feitas pela voluntária designada.
Na Suiça, o Banco de Tempo é usado frequentemente para ajudar “clientes idosos” – sem distinção de classe social – e desafogar o Sistema de Seguridade Social. Inteligente!
Isto acontece neste planeta Terra, sim, executado e atendido por gente como você e eu, conscientes de que um dia vamos todos chegar lá e precisaremos de ajuda. Um sistema a ser, no mínimo, estudado com carinho por autoridades ou até mesmo ONGs filantrópicas em qualquer parte do mundo.
Claro está que o Sistema está a exigir uma precisão suiça de administração, germânica de competência e seriedade de conduta, aquela que costumávamos chamar de ilibada e por aqui – e cada vez menos – observada por governos vários.
Coisa de gente séria!
Autor:
RAdeATHAYDE