Voar deveria ser uma possibilidade possível ao ser humano! Um pássaro é um “Avião” sem motor, pois o seu combustível está no respirar. de maneira espetacular voa pelas asas do vento.
O homem se perde nas agruras e alturas, de seus pensamentos. Há dias que saímos de nós mesmos, e como os pássaros aos relentos voamos em busca de si mesmos.
Pássaro que não voa é como o olho que não pode ver, o pássaro pode ser livre, e ainda se sentir preso. Seu canto se arrefece, como o sol, numa tarde de chuva. O homem se diz “livre” mas no fundo continua preso.
Assim como os pássaros numa revoada, os homens querem voar, se renovar nos picos e sentir o bater do vento, como um estalo na alma, como o toque da chuva caindo em um solo seco, corroído pela vida, como uma chama apagada pela umidade de seus desalentos.
Pássaros foram criados para voar, batendo em retirada buscando o seu lugar mais alto. O pássaro voa e o homem ressoa, ilicitude, sua cólera e sua licitude contrária. Revoar os pensamentos é ir o mais longe possível sem pedir licença, apenas seguindo á direção do vento, que no homem pode parecer com seus maiores instintos.
Quantas vezes paramos para observar os pássaros voando? E quantos já nos pegaram voando? Longe da realidade, outrora em desencanto, as outras faces, de nossos desalentos. Pássaros voam, homens também! Um pássaro sem asas não pode voar, porque não sabem o que é pensamento. Homens pensam no voar, revoam sem saber o que pensar, na esperança, de que um dia acabem se encontrando. Pássaros se encontram sem pensar, porque voam juntos, apenas pelo prazer de voar, sem saber para onde ir. O voar dos pássaros é o revoar de nossos pensamentos. Então “crie asas” e vá em busca do lugar mais longe!