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terça-feira, 7 de maio de 2024

Medo de anestesia? Isso é coisa do passado

Com métodos mais modernos e eficazes o procedimento de anestesia está cada vez mais seguro e menos invasivo 

Anestesia é o estado de total ausência de dor durante uma operação, um exame diagnóstico ou um curativo. Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial, também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada, dado do site Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Anestesiologia revelou que 75% dos entrevistados disseram temer a anestesia. Em alguns casos, o medo chega a causar impactos prejudiciais ao tratamento do doente. De cada quatro pacientes, um tem tanto receio que acaba adiando, e em alguns casos até desistindo, do procedimento operatório, prejudicando o seu tratamento e até mesmo a sua saúde. Os principais medos são: não acordar e também a anestesia não funcionar e o paciente “sentir” todas as dores durante o processo.

Segundo o diretor do departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, Luis Antonio dos Santos Diego, a atuação do anestesiologista precisa ser consciente e presente durante todo o período de internação para evitar situações complicadas para o paciente:”A sedação atua no nível de consciência e participação do paciente durante o ato anestésico. Dependendo do nível de intervenção cirúrgica, com maior ou menor ação dolorosa, o anestesiologista deve utilizar analgésicos muito potentes que impedem que o paciente perceba a sensação dolorosa. Por isso, o anestesiologista deve estar sempre presente durante todo o ato cirúrgico e monitorando as condições do paciente para que ele não sofra qualquer sensação desgradável durante o procedimento”, afirma Diego.

Principais anestesias existentes e quando usá-las

O ato de anestesiar outro ser humano visando a saúde é algo complexo e atualmente existem diversas opções de drogas e métodos para esse procedimento ser seguro e nas melhores condições durante atos cirúrgicos ou em outro procedimentos que necessitem de acompanhamento anestésico.

Segundo, o Dr Luis Antonio dos Santos Diego da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, o anestesiologista atualmente possui muitas opções para decidir qual é a melhor técnica anestésica para um determinado procedimento: “Alguns procedimentos podem ser realizados por anestesia local ou algum tipo de bloqueio de plexos nervosos ou até mesmo do neuroeixo (raquianestesia e peridural). Esses procedimentos podem ser realizados conjuntamente com uma sedação utilizando-se medicamentos que, num “continuum”, podem promover uma sedação mais superficial até uma sedação dita mais “profunda”, na qual alguns reflexos, como o da respiração, podem estar diminuídos”, afirma Dr Diego. 

Como funciona a intubação 

A intubação traqueal é um procedimento no qual o anestesiologista introduz um tubo nas vias aéreas inferiores (traquéia) do paciente com o objetivo de garantir a ventilação do paciente durante o ato anestésico no qual são utilizados fármacos muito potentes que venham a deprimir a respiração do paciente e, por conseguinte, ter-se que utilizar um “respirador” para que o paciente possa respirar e não ter qualquer tipo de hipóxia (falta de oxigênio).

De acordo com o Dr Diego, a intubação traqueal é um procedimento que determina um grau muito alto de reflexos: “Basta imaginar que qualquer simples “engasgo” durante uma refeição os reflexos são muito fortes, pois tem a função de proteger a via aérea do paciente. Então, durante a colocação de um tubo na traqueia o paciente deve estar bem “protegido” de forma a não ter reflexos e não sentir qualquer estímulo que possa comprometer seu estado clínico.”

Ainda: “Assim, em um procedimento cirúrgico o anestesiologista é o profissional que possui conhecimento e habilidades para a realização desse procedimento. Na maioria das vezes é realizado com o emprego de um instrumento chamado laringoscópio, entretanto, em situações mais difíceis, que dependem de cada paciente, podem ser necessários outros equipamentos mais complexos como um videolaringoscópio ou um laringofibroscópio, os quais requerem ainda mais expertise do anestesiologista, explica Dr Diego, diretor de do departamento de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

Serviço:
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Site: https://sbahq.org/
Telefone: (21) 3528 – 1050

Autora:

Flavia Lopes

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