O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, foi criado com o objetivo de conscientizar a todos sobre a importância da preservação dos recursos naturais. Entretanto, mais do que trazer o tema à tona, é preciso oferecer meios capazes de amenizar os impactos ambientais causados por interferências humanas.
Segundo o estudo lançado em 2021 pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), existe uma relação direta entre a crise climática e a redução da diversidade de animais e plantas. De acordo com especialistas climáticos das Nações Unidas, a solução conjunta é o caminho para resolver esse problema por intermédio de políticas públicas coordenadas.
O estudo ainda revela que a ação humana é responsável pela alteração de 77% da área de ambientes terrestres e 87% dos marinhos. Com isso, a nossa qualidade de vida acaba sendo comprometida, uma vez que as mudanças climáticas têm se intensificado em todo o mundo com fortes ondas de calor, secas, enchentes e outros eventos climáticos.
Os responsáveis pela pesquisa afirmam que é possível reverter esse cenário, mas que para isso é preciso que os países se comprometam com práticas sustentáveis. Desse modo, é necessário dedicar recursos que priorizem a reavaliação das nossas fontes energéticas, hábitos de consumo e, porque não, um envolvimento por parte dos governos em criar legislações mais rígidas para quem polui e incentivos à iniciativas que busquem soluções mais sustentáveis. Além disso, há de se investir em ações de educação ambiental para que tenhamos uma sociedade mais consciente dos seus direitos e deveres.
Diante desse cenário, diversas lideranças mundiais têm se reunido para definir estratégias unificadas com o objetivo de combater as mudanças climáticas e de prevenção aos desastres naturais e a perda da biodiversidade. É o caso da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 26) que aconteceu em 2021, com continuação prevista para o final deste ano no Egito.
Um ponto importante é que todos nós podemos contribuir ao fazermos a nossa parte, exemplo disso é o descarte consciente de resíduos, que, se não fossem os esforços em torno da reciclagem e de seus programas de logística reversa, iriam parar nos aterros sanitários, rios e lixões. Entretanto, tais iniciativas permitem que eles sejam coletados e transformados em insumos necessários para a indústria interessada em aplicar matéria-prima reciclada em seu processo produtivo.
Por fim, podemos criar novos hábitos, mesmo que isso signifique revisitar o passado e incorporar costumes que eram comuns aos nossos avós e bisavós. Décadas atrás era praticamente impensável consumir descartáveis, as pessoas tinham como parte de suas rotinas reutilizar todas as embalagens e produtos necessários ao seu dia a dia. Essa prática lhes conferia uma economia considerável, além de onerar bem menos o meio ambiente.
Importante destacar que somente quando realmente eliminarmos o conceito de lixo é que teremos como reverter o cenário que se apresenta no momento.
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Autora:
Renata Ross é gestora de Marketing e Relacionamento na TerraCycle, empresa líder global em soluções ambientais de resíduos de alta complexidade.
Ótimas dicas. Parabéns.